quinta-feira, dezembro 27, 2007

Quem?

"It sounds lame, but I have to go cause football starts at 22.30."
Há alguma mulher neste mundo que consiga desviar um homem de um jogo de futebol?

Várias horas de voo e um Natal depois...

Não.
Eu não morri, não fui presa pelo Shin Bet por levar na mala lenços palestinianos, faixas da Fatah ou cartuchos das forças armadas israelitas (enviei tudo pelo correio que não sou doida) nem fui raptada pelos grupos tribais da Faixa de Gaza (se bem que... se fosse a maneira de eu lá ir).
Nada disso. Estou é a tentar digerir os sonhos, as rabanadas, o arroz de polvo, o bacalhau, o peru, o leite creme, os profiteroles, o cozido, os bombons. E a lutar com todas as minhas forças (que depois disto tudo já não são muitas) para não me afogar na minha própria gordura.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Nem me digam nada

Ando a tratar das burocracias todas para me ir embora. Isto, claro, fora o trabalho, o empacotar e o dizer adeus a todas as pessoas (eu não gosto de festas de despedida e, por isso, tenho tentado estar com cada um dos meus amigos individualmente - asneira!).
Há uns dias, o nível das complicações suscitava-me sentimentos contraditórios: não sabia se queria sair daqui ou, pelo contrário, ficar eternamente para não ter trabalho.
Agora, todas as contradições se desvaneceram: "Tirem-me daqui o mais depressa possível!!!! Eu pago! Tudo o que fôr preciso!". Mas, tal como a imagem, sempre glamourosa que hoje tenho uma festa. E daquelas chiques!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Eu também quero um mundo feito à minha medida

Eu também um viver num mundo onde haja :
liberdade de expressão desde que todas as expressões estejam de acordo com o meu ponto de vista;
liberdade política desde que todos votem no meu candidato (neste caso talvez o melhor seja tornar-me Presidente dos EUA);
liberdade religiosa desde que todos sejam ateus;
liberdade sexual desde que todas as mulheres se tornem lésbicas e todos os homens atraentes sejam hetero.
Eu também quero viver num mundo perfeito!
A falta de liberdade de expressão no que se refere à religião é o primeiro passo para o fim da liberdade religiosa.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Eles estão no meio de nós

Eu já tinha ouvido falar neles. Sabia que eles existiam, mas era lá mais nos EUA, que são uma espécie de Entroncamento, onde todas as bizarrias são possíveis (se bem que, às vezes, Jerusalém é um bocadinho assim).
Mas eles existem de facto. E vivem no meio de nós, disfarçados de pessoas normais, que saem à noite e até bebem uns copos. Falo, claro está, de pessoas que rejeitam as teorias evolucionistas de Darwin porque acreditam no criacionismo.
Eu descobri que conheço um. E não é norte-americano.
Ciência, perdoai-lhes que eles não sabem o que fazem....

segunda-feira, dezembro 10, 2007

terça-feira, dezembro 04, 2007

Já não estar aqui

Faltam precisamente 17 dias para eu me ir embora. Deixar emprego, casa, alguns amigos, Israel.
Não estou triste nem contente.
Estou noutra. Nos amigos que vou visitar, ou não. Nos cursos que vou fazer, ou não. Nas viagens que vou fazer, ou não.
Definitivamente, desde Annapolis que já não estou aqui.

sexta-feira, novembro 30, 2007

quarta-feira, novembro 28, 2007

Amigos, Amigos, Negócios à parte

A próxima vez que forem a um país árabe e alguém vos oferecer vinte camelos pela namorada, amiga, mãe ou irmã aceitem que é bom negócio.
Fiquei a saber neste meu fim-de-semana em Wadi Rum que um camelo bebé pode custar aos 1 000 euros, um adulto 2500 e um camelo de corrida chega a custar 10 000 euros.
É negócio!

terça-feira, novembro 27, 2007

A raíz de todos os males



Alguém devia considerar seriamente a hipótese de responsabilizar o tabaco pelo conflito do Médio Oriente.

Só um desabafo

Acho imoral que uma instituição (com a excepção talvez da UN e mesmo assim) exija experiência profissional na área ao candidato a um estágio não remunerado.
Pensam o quê? Que alguém vai conseguir encontrar emprego na área em questão, trabalhar, provavelmente ser mal pago por estar em início de carreira e poupar dinheiro para depois poder pagar o seu próprio estágio?
Está tudo louco!
Pronto, já desabafei. Agora posso voltar ao meu estado zen e continuar a sonhar com o meu beduíno. Para que preciso eu de um estágio não remunerado no meio do deserto?

segunda-feira, novembro 26, 2007

Estive perto, muito perto

De largar tudo e ficar com este homem em Wadi Rum. Deixar horários, poluição, barulho, consumismo e viver como uma beduína no deserto jordano, ao lado daqueles olhos e daquele sorriso.
Nas negociações para o casamento, encalhámos no número de filhos. Ele queria seis, eu não queria um único. "O deserto e os filhos... é tudo o que temos", disse ele. "Meu rico corpinho", pensei eu.
As questões higiénicas também levantariam alguns problemas. Eu lavo os dentes três vezes por dia. Ele lava de três em três dias.
Acho que mais três ou quatro dias e o choque de civilizações era ultrapassado.
Tenho que repensar a minha vidinha, tenho...
"Para que queres um mestrado no deserto?", disse ele...

Depois de um fim-de-semana no deserto

Sinto-me assim. Zen.

quinta-feira, novembro 22, 2007

O que custa ser mulher... ou transgender... ou drag queen...

Chegado o inverno (sim, porque até a Tel Aviv já chegou o inverno), todo o povo dado à feminilidade se depara com um sério desafio: comprar collants. É preciso ser profissional na actividade. Eu, amadora, tentei a minha sorte por estes dias.
Meias-calças ou ligas? De lã ou de lycra? Opacas ou transparentes? Se transparentes, que densidade? Pretas ou cor de pele? Que marca? Como se não bastassem já estas questões primordiais para complicar a escolha, este ano as tendências da moda dificultam ainda mais a decisão. Azuis, cinzentas, roxas? Simples, rendadas, com desenhos? Leggings? Com pé ou sem pé? É um sem fim de dúvidas existenciais...
Opto finalmente por meias de ligas daquelas com adesivo anti-derrapante, que as outras são muitos desconfortáveis e ficam sempre a ver-se na cintura. Opacas. Azuis para combinarem com os meus sapatos novos.
Resultado final:
De manhã, reparo que as meias não são tão opacas quanto as que aparecem na Bíblia (leia-se Elle). Raios partam as densidades, que eu não percebo nada daquilo.
No fim do dia, já de regresso a casa, cheia de pressa que estava a começar a chover, começo a sentir as meias as escorregar. Não querendo fazer uma cena pseudo-erótica no meio da rua ao subir o vestido para puxar as meias até ao meio das coxas, começo a andar mais devagar. No momento em que as meias me chegam aos joelhos e na impossibilidade de tomar uma atitude radical, género tirar as meias de uma vez, porque não tenho a depilação em dia (e isto acontece sempre nestes momentos inoportunos), limito-me a rezar. Rezo para que as meias não desçam para além da linha da gabardina. Resultou, ou não estive eu na Terra Santa!
Conclusões a tirar:
Abençoadas feministas que introduziram as calças como peça de vestuário feminino.
As meias de ligas ainda serão as responsáveis por eu me tornar uma mulher de fé.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Coisas que me fazem feliz

Eu não disse nada quando encontrei ou conheci gente importante, tipo MNEs, PMs, Prémios Nobel, mas desta vez não me aguento.
Eu vi o Tony Blair e ele disse-me olá!!!!!!!!!! Lalalalalalala tralalalala!!!!!!!
Dispensam-se comentários do género "O Tony Blair? O da guerra do Iraque? Bahhh..." ou "O Tony Blair? Mas ele disse-te olá como? Conheceste-o? Falaste com ele? Apertaste-lhe a mão? Tiveram uma reunião?". Os pormenores não são importantes.
O que interessa mesmo é que eu estava sentada por acaso (e por por acaso entenda-se estratégicamente sentada no lobby do hotel virada para a porta depois de ter sido avisada pelos meus informantes que ele chegaria a qualquer momento) no lobby do American Colony Hotel, quando Mr. Tony Blair entra, olha para nós, sorri e diz Hi. E o Hi foi mesmo só para nós (eu e mais dois amigos) porque não estava lá mais ninguém.
"I saw Tony Blair and he said Hi"

sexta-feira, novembro 16, 2007

Diário de uma dieta II

Segundo dia: almoço de trabalho. Importante. Hotel de várias estrelas. Resisto ao pão demolhado em azeite, ao vinho, aos figos da entrada (não podia comer fruta), à batata assada (não podia comer hidratos de carbono). Chega a sobremesa. M****!!! Não é todos os dias que nos aparece uma coisa com aquele aspecto. Escorreguei. "Mas é só desta vez..."
Fim-de-semana. Vida social não se compadece com dietas. Resisto. "Não chora, aguenta". Entulho-me em pepino com labaneh, fatias de queijo magro e fiambre (abençoados supermercados russos que se recusam a ser kosher), tomate-cereja. Queixo-me às amigas da falta de receitas sem hidratos de carbono. Caridosa, mas inutilmente enviam-me receitas de saladas de frango. Com cenoura, milho e maçã, alimentos absolutamente proibidos. Resisto ir ao cinema sem comer um chocolate. Mas até o cheiro das pipocas, coisa que eu acho que devia ser terminantemente proibida no cinema, me deixa com água na boca.
Chego heroicamente ao fim da primeira semana. Caio de cama com uma gripe que não se pode. Sinto-me a mais infeliz das criaturas. Ataco a Nutella. Como cereais de manhã. Deixo-me vencer pelas bolachas e folhados com que a entidade patronal povoa o meu local de trabalho.
Resistência ou Obesidade?
Morbidez absoluta.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Diário de uma dieta

O início já não augurava um bom resultado: começar uma dieta que promete a perda de 3 a 5 kg nos primeiros 14 dias sem sequer me pesar só demonstra que a coisa não será levada a sério.
A balança foi um objecto apagado do meu imaginário quando, há talvez 15 anos, a que havia lá em casa se avariou e nunca foi substituída. Possivelmente isto que já revela que tanto eu como o resto da minha família prefere viver em estado de negação ou pelo menos de ignorância. O meu desprezo pela dita é tal que, mesmo agora tendo uma balança em casa deixada pelo anterior inquilino, raramente me lembro de me pôr lá em cima. Quando o faço, penso logo "Humm, cheira-me que isto deve estar desregulado", que foi a primeira fase de negação que se viveu lá em casa antes da dita balança avariar de vez.
Primeiro dia:
O meu local de trabalho, como de costume, está cheio de bolachas, brownies, folhados e outros que tais. A seguir, alguém me diz que há sufganyot na cozinha. "Já não está fácil e eu ainda estou só a começar". A entidade patronal não está a ajudar. Deveria eu processá-la por contribuir, quiçá ser a responsável máxima pela minha obesidade a roçar a morbidez? Se estivesse nos EUA era possível... Humm, se bem que há quem diga que Israel é o 51º Estado norte-americano. 52º, se contarmos com o Reino Unido. Não, 51º, que o Brown não vai na gracinha. Bem, de qualquer forma não sei se a lei israelita (ou norte-americana, for that matter) se aplica. Desisto da ideia e resigno à minha sina.
Resistência ou Obesidade!!!!
(Continua amanha para o post não ficar muito grande. Afinal isto é suposto ser um diário)

sábado, novembro 10, 2007

Eu sinto que isto já não dá para muito mais

Quando, num sábado à noite com dois bons convites para sair, opto por ficar em casa a ouvir Moby e a ler um livro em inglês de 700 páginas e letras miudinha sobre o Líbano.
Ao menos, consola-me constatar que "aquele que podia tão bem ser o homem da minha vida não estivesse ele a mais de 3 000 kms de distância" também está na net a um sábado à noite, em vez de estar num bar a beber umas cervejas. Haverá futebol?

quarta-feira, novembro 07, 2007

'Men who are too good looking are never good in bed because they never had to be.'
Carrie Bradshaw, Sex and the City
A minha reduzida experiência em matéria sexual não me permite confirmar tal afirmação (às vezes convém dar uma de santa).
Contudo, tenho que reconhecer que os homens menos atraentes sabem ser muito mais sedutores e conquistar melhor uma mulher que os homens bonitos. E porquê? Porque os homens bonitos não precisam de se esforçar, basta-lhes existirem, estarem lá, dizerem Olá. É um facto. Não vale a pena negá-lo.
Os outros têm que desenvolver outras técnicas, saber conversar, ser diferentes, deixar-nos sem palavras.
Todos têm o seu tempo e lugar.

terça-feira, novembro 06, 2007

Frase do dia

"Não estou para ser o Guronsan da ressaca amorosa de ninguém".
É a melhor frase desde o "Senão coiso, não coiso".

terça-feira, outubro 30, 2007

E mais um momento musical

Miss Platnum, Give me the food

segunda-feira, outubro 29, 2007

Sem tempo para respirar

Neste país são umas atrás das outras.
Ainda uma pessoa está a recuperar de uma, a inteirar-se dos pormenores e a tentar compreender as implicações e já outra notícia bombástica aparece.
Ufa!

Outro Momento Musical

When you smoke all my weed man
You gotta call the green man
So I can get mine and you get yours
Amy Winehouse, Addicted
Há algo de extremamente profundo nestes versos.

domingo, outubro 28, 2007

Momento musical

Les ex c’est comme un expresso ça se boit vite ça se boit chaud
C’est pas comme l’amour impossible
Les ex c’est toujours accessible
Seul ustensile un bout d’ latex un coup de fil et un duplex
Y a plus besoin de mode d’emploi
On a déjà fait ça x fois

Camille, Les ex

quinta-feira, outubro 25, 2007

É por causa destas e doutras que o mundo está como está

A criatura passa mais tempo à frente do espelho do que a treinar futebol, gasta mais dinheiro em roupa que qualquer outro homem no mundo, muda de penteado a cada três-quinze-dias, é um ícone gay, tem uma mulher mais pirosa que uma Barbie, mais magra que ela e com a cara mais encerada, pinta as unhas dos pés de cor-de-rosa e já assumiu usar a roupa interior da mulher quando está a jogar. Mas é o homem mais homem do ano.
É por isso que eu continuo solteira e a ponderar seriamente o lesbianismo. Até porque, por este andar, consigo encontrar mais facilmente uma mulher com ares mais masculinos que um homem.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Obrigada Kylie

Coldplay - Can't Get You Out Of My Head - Glastonbury 2005

Não gosto especialmente das canções da Kylie Minogue (embora esteja sempre pronta a dar o meu pezinho de dança ao som dos hits dela). Mas tenho que lhe agradecer o facto de inspirar outros artistas que criam versões melhoradas canções dela.
Depois do "Put your hand on your heart" cantado pelo José Gonzalez, descobri esta versão dos Coldplay.

domingo, outubro 21, 2007

My mood today

Alanis Morissette, Ironic

sábado, outubro 20, 2007

Que bonita que é a globalização

Uma portuguesa e uma norueguesa conhecem-se por acaso na praia em Tel Aviv.
Por coincidência, dormiram com o mesmo dinamarquês quatro anos antes, em Paris.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Chique é

a vida privada dos Presidentes da República Francesa. Um charme.
Nada comparável às histórias bacocas que metem estagiárias e manchas em vestidos.
Mas também nem todos tiveram a sorte de ter uma Corte em Versailles e uma rainha como Marie Antoinette.

terça-feira, outubro 16, 2007

Já que estamos numa de cinema

Eu recomendo vivamente o Hot Fuzz.
Sei que ou já estreou ou está para estrear em Portugal.
É delicioso!

Acidentes de fim-de-semana

Este fim-de-semana fui ao cinema por acidente. Não sabia nada sobre o filme, nem sequer o título. E, como nos acidentes em geral, o resultado não foi bom. O filme (soube eu dois dias depois) chamava-se The Last Legion e só me prendeu a atenção nos últimos cinco minutos porque o fim já se fazia anunciar. Aborreci-me desde o primeiro momento e percebi que a coisa só ia piorar. Só não me pus logo a dormir porque tinha um miúdo bem giro ao meu lado e tinha medo de roncar ou deixar cair um fio de baba em cima dele (aliás, com o sacrifício que eu fiz a ver o filme, o miúdo bem que se podia ajoelhar aos meus pés e pedir-me em casamento, mas enfim...).
A história desenrola-se na altura do Império Romano, algo que se eu tivesse sabido de antemão me teria feito poupar os sete euros do bilhete. Nunca vi nem tenho vontade de ver o Gladiador, o Tróia, o Alexandre e outros que tais. Não tenho paciência para diálogos rebuscados, difíceis de seguir (principalmente em inglês) e cheios de expressões género "segue o teu coração, está no teu destino" e muito menos para heróis mal-humorados, mas que têm sempre uma tirada de humor nos momentos mais díficeis, criancinhas de dez anos que já conhecem o sentido do dever e do bem do seu povo, mulheres guerreiras que enfrentam seis homens ao mesmo tempo e, em pleno Império Romano, já usam push-up bras e as sobrancelhas minuciosamente depiladas. Como também não tenho para maus efeitos especiais, tensões sexuais mal-amanhadas e clichés repetidos vezes sem conta.
Se calhar, com um pouco de boa-vontade e um sorriso do tal miúdo giro, a coisa passava. Mas eu não aguento, não aguento mesmo, chego até a sentir repulsa por estas histórias cheias de lutas do bem contra o mal, supostos valores como a coragem, a honra, o sacrifício e muito poucos dilemas morais, heróis e heroínas perfeitas, sem mácula no carácter. Como se as lições de vida se aprendessem num filme e o mundo fosse todo preto no branco.
Um pesadelo.

quinta-feira, outubro 11, 2007

And another one goes...

Todo o santo ano eu aguardo ansiosamente a revelação do Prémio Nobel da Literatura com a esperança que seja o Milan Kundera.
Todo o santo ano eu sofro uma desilusão.

terça-feira, outubro 09, 2007

Hoje acordei a pensar nisto

Toda a gente já ouviu a história do tipo que vai fazer o teste da SIDA, o resultado é VIH positivo, fica em pânico, acha que a vida acabou, repete o teste por descargo de consciência, o resultado é VIH negativo, vai-se ver foi erro do laboratório, a história tem um final feliz.
E o tipo que faz o teste, dá VIH negativo, pensa "Ufa, livrei-me desta", fica todo contente, vai comemorar, mantém os comportamentos do costume (aqueles de risco que o levaram a fazer o teste)? O que lhe garante que, no seu caso, o laboratório não errou?
Alguma vez alguém repetiu um teste que tenha dado negativo? Se os laboratórios eram nuns casos, não podem errar noutros?

domingo, outubro 07, 2007

Preocupações

A Comunidade Internacional está a prepara-se para uma reunião sobre o processo de paz no Médio Oriente, as partes ainda não conseguiram chegar a acordo sobre quase nada, a situação em Gaza vai de mal a pior, continuam a cair rockets em Israel e agora nem são Qassams já são mesmo Katyushas (sim, há diferenças), o Irão está quase a alcançar armamento nuclear, os monges da Birmânia estão a ser assassinados, a Terra continua a aquecer, o dólar norte-americano está cada vez mais baixo, a Polónia ameaça chumbar mais um Tratado Europeu, o Putin está colado ao poder com super-cola, uma aldeia sudanesa foi completamente arrasada, o Iraque e o Afeganistão estão o caos, o Paquistão - potência nuclear - está mais instável do que nunca, o meu contrato acaba daqui a três meses e eu não sei o que vou fazer a seguir.
Mas isto interessa a alguém? Claro que não! Porque as minhas grandes preocupações este fim-de-semana têm sido "O que será que ele quis dizer com aquilo?" e "Bolas, não devia ter dito as coisas daquela forma. Acho que ele percebeu mal a coisa!"
E digo eu que me ando a fazer ao Nobel. Vou no bom caminho, vou...

sábado, outubro 06, 2007

Um variado leque de opções

Eu confesso que andava preocupada. Várias amigas minhas já tinham sido "abordadas" por outras mulheres e eu... nada. Perguntava porque era atraente para os homens e não para as mulheres. Seria feminina demais? Não que estivesse interessada em qualquer actividade com mulheres, para além de ir tomar chá e fazer compras. Mas uma pessoa tem o seu ego, ora bolas!
Pois tudo se dissipou com uma saída à noite. Finalmente uma mulher engraçou comigo! Ainda por cima porteira de uma discoteca na ladies night que, ao contrário de Portugal, não é a noite em que os locais estão cheios de homens à caça de mulheres alcoolizadas pelas bebidas grátis, mas sim a noite lésbica onde menino não entra. Não, eu não fui parar a uma festa lésbica só para ser engatada e acalmar o meu ego, aconteceu por acaso. Bem, resumindo: a porteira achou-me piada, fez tudo para que nós pudéssemos entrar (o problema eram os nossos acompanhantes masculinos) e, quando desistimos ainda veio atrás de mim a insistir para eu entrar ou para voltar outro dia qualquer.
Até ver, não estou interessada em experimentar o outro lado (meninos, podem já acabar com as fantasias pouco apropriadas para gentes de boas famílias). Mas, a julgar pelas criaturas que me têm aparecido à frente, posso dizer a minha amiga porteira era a que tinha melhor aspecto. Se isto continuar assim... de facto... não sei, não...
E claro, o meu ego está mais sossegado!

sexta-feira, outubro 05, 2007

O Programa Erasmus faz anos

(...)
Os espanhóis, os lapões fazem
Lituanos e letões fazem
Façamos vamos amar

Os alemães em Berlim fazem
E também lá em bom
(...)
Bacalhaus no mar em
Portugal fazem (?!)
Façamos vamos amar
(...)

Algo nunca antes ouvido no mundo civilizado

"Essa tua visão secular do mundo",
dito num tom pejorativo e com ênfase especial na palavra secular.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Sauna, esse estranho lugar

Até há poucos dias, o meu conhecimento sobre saunas resumia-se a uma ida a um spa e uma triste cena de sexo gay no esplendoroso filme português Odete (eu juro que, mais de um ano depois, ainda tenho pesadelos com este filme).
Parece, no entanto, que na Finlândia as coisas não são como no resto dos países. Lá, a sauna é uma instituição nacional e até os apartamentos de estudantes têm uma. Até aqui tudo bem.
A coisa começa a ficar mais peculiar pelo facto de os finlandeses não usarem nada, absolutamente nada no corpo enquanto lá estão. Não há roupões, fatos de banho, toalhas à volta das parte pudorentas. NADA! Na Idade Média, a raridade dos banhos estimulava a proliferação de bactérias em zonas normalmente menos arejadas, por isso, apesar do hábito chocar com as minhas púdicas tradições católicas, eu até posso compreender.
O que já me parece mais estranho é o facto das saunas serem mistas, ou seja, homens e mulheres, nus, assim tudo ao molho e fé em Deus. Aí é que as minhas raízes católicas começam mesmo a ficar incomodadas.
O topo de tudo é que o uso de saunas é de tal forma comum que grupos de amigos, depois ou durante uma festa bem regada de vodka e cerveja, vão todos para a sauna. Amigos e amigas, tal como vieram ao mundo. E é tudo normal. Ninguém tem uma reacção física embaraçante e pouco controlável. A coisa não descamba.
Garantem-me que não há nada de sexual numa sauna, que as pessoas estão suadas e que aparentemente não há nada de sensual em corpos nus, quentes e suados (!!!!!). A minha mente é que é horrivelmente perversa. A sauna é um hábito de tal forma enraízado na cultura finlandesa que todos acham normal andarem a ver o sexo oposto por aí desnudado. Mesmo que seja a miúda em quem estão interessados, as amigas da namorada ... Ou que os amigos vejam as suas namoradas. Gente estranha esta.
Já sei onde vou passar as minhas próximas férias. Finlandeses altos, louros, bem constituídos, saudáveis e ... nus!

terça-feira, outubro 02, 2007

Já estamos em Outubro, por amor à santa!

Estão 32º graus e 80% de humidade em Tel Aviv. Sim , 80% de humidade!
Haja corpo que aguente!

domingo, setembro 30, 2007

Do porque de nem todos poderem ser agente secretos

A dormiu com B e fez-lhe saber que não era suposto a coisa tornar-se do domínio público.
No dia seguinte, B contou a C, pedindo-lhe segredo absoluto.
Logo que chegou a casa, C contou a D, avisando sobre a confidencialidade da informação.
Hoje, D contou-me a mim, mais uma vez, sublinhando a necessidade absoluta de manter segredo.
E por aqui vai ficar, que os meus princípios não me permitem andar a espalhar informação classificada.
Mas até sei que F, G e H adorariam saber. É que é mesmo uma grande fofoca. Uma escandaleira!

sábado, setembro 29, 2007

Uma das melhores cenas de todos os tempos

Do filme Ils se marièrent et eurent beaucoup d'enfants.
A cena passa-se na Virgin Mega Store na Avenue des Champs Elysées.

terça-feira, setembro 25, 2007

A ver vamos

O meu horóscopos para os próximos meses:
"This influence is favorable for sexual relationships (...) A purely romantic relationship with no physical sex would not be very satisfactory".
A ver vamos...

domingo, setembro 23, 2007

Pensamento do dia

"E ela a dar-lhe com os nórdicos!"

sexta-feira, setembro 21, 2007

Solidão

Com os judeus a jejuar por causa do Yom Kippur e os muçulmanos por causa do Ramadão, eu devo ser a única pessoar a comer nesta zona.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Irritações

Não há nada que me irrite mais que é alguém que me corrija quando eu digo "Bom dia" depois das 12h! "Olhe que já não é bom dia, é boa tarde!"
Está uma pessoa a tentar ser simpática e a cumprimentar e leva uma destas.
Sobe-me logo o sangue à cabeça!

quarta-feira, setembro 19, 2007

Ainda o Sinai

A descida depois do amanhecer

terça-feira, setembro 18, 2007

Once in a lifetime

Achava eu que já me tinha purificado de todos os pecados desta vida, das anteriores e das futuras, ao subir as escadas a cúpula do Vaticano no mês mais quente do século XX; ao ir, a meio da noite e sem dormir cinco minutos que fosse, para Santiago de Compostela só porque era o dia do Jubileu; ao subir, em dias de calor insuportável, ao Templo Bahai em Haifa, ao Monte das Tentações em Jericó e ao Monte das Oliveiras em Jerusalém. Achava eu também que, no dia em que, no Rio de Janeiro, me levantei às cinco horas da manhã, já tinha visto o mais bonito amanhecer do mundo.
Achava eu muita coisa... até ao dia em que resolvi escalar o Monte Sinai (onde Deus deu a Moisés os 10 Mandamentos, incluindo aquele "Não cobiçarás [...] nem a mulher do teu próximo [...] nem seu jumento"). Vamos a factos:

  • Três horas de carro do hotel até à área de Santa Catarina
  • Três check-points no caminho (o Sinai já parece a Cisjordânia)
  • Início da caminhada às duas horas da manhã e fim às nove (mais tempo para pequeno-almoço, visita ao Mosteiro de Santa Catarina e regresso ao hotel - conclusão: cheguei à uma da tarde)
  • Altura do Monte Sinai: 2285 m (só como referência, o pico da Serra da Estrela tem 1993 m)
  • Mais de 7 km a percorrer, incluindo 750 degraus de pedra extremamente irregulares
  • Três horas e meia a subir e mais duas e tal para descer
  • A carregar com comida e três litros de água
  • A única iluminação era uma lanterna por pessoa
  • Um verdadeiro caminho de cabras à beira de precipícios, às vezes com pouco mais de meio metro (excluindo a parte dos degraus que era ainda mais estreita), a ser partilhado com centenas de pessoas a subir (há mais malucos nesta terra do que eu pensava), dezenas de camelos e, de vez em quando, uns monges e freiras ortodoxas, alguns de bengala, a descer (sim, há mesmo malucos para tudo).
  • Até ver, três dias de dores no corpo.

Mas valeu a pena. Uma das melhores experiências da minha vida.


Dado o meu escassso conhecimento sobre a Bíblia, eu só me pergunto como é que o Moisés foi lá parar. É que o Monte Sinai não é propriamente um sítio onde uma pessoa se perca a passear, qual Heidi a brincar nas montanhas, aos saltinhos, tralala.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Susaninha de regresso

Pois que estou inteira e de boa saudinha, que não houve nenhum atentado. Mas estou cheia de dores no corpo, portanto só escrevo a sério quando as condições físicas o permitirem.
Entretanto, foi o ano novo judaico (daí o meu fim-de-semana prolongado), por isso SHANA TOVA para todos.

terça-feira, setembro 11, 2007

Susaninha no Sinai

Desiludida com a calma em Israel, vou procurar aventura para o deserto do Sinai, onde tem havido atentados terroristas de grandes proporções todos os anos (este ano ainda não houve, não sei se isto é bom ou é mau)e onde os alertas têm estado elevados. Não contente com isto, ainda vou para o hotel que rebentou há quatro anos.
No worries.
Até segunda-feira.

Nem um milésimo de segundo de fama

Anda aqui uma pessoa no estrangeiro a lutar pela vida, a sacrificar-se pelo país e pela UE e depois deixam-na enganadinha a achar que vai aparecer na TV. Ora que uma pessoa vê daquelas câmaras de filmar grandes, cheias de autocolantes de canais de televisão a apontar para nós e, claro está, saca de batôn, do blush, do branqueador de dentes e do cartaz a dizer "Mãezinha estou aqui". E a ansiedade da espera até à hora do telejornal? Que uma pessoa fica que não se aguenta! A pensar quantos segundos estariam já descontados dos 15 minutos de fama....
E para quê, pergunto eu. Pois que para nada. Para nada! Nem um cabelo! Nem uma sombra que eu pudesse dizer que era a minha!
'Tá mal! Que 'tá muito mal
Consola-me ter sido uma das poucas pessoas não muçulmanas que teve autorização para entrar na mesquita de Al-Aqsa e da Roca, desde o início da segunda Intifada. Nasci para ser importante, mas não famosa. É mais chique. Que os paparazzi são uns chatos.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Notícias que melhoram o meu dia

Proíbam já os Crocs! Retirem todos os pares das lojas! Queimem os já comprados numa grande fogueira! Façam uma revista porta a porta! Que não sobre um único exemplar!
E, já agora, atribuam subsídios para a compra de Manolos...

segunda-feira, setembro 03, 2007

Regras de escritório

O colarinho branco dos tempos modernos, entediado ou com uma ressaca tal que não consegue agrafar duas páginas:
  1. Consulta o email 100 vezes por dia, não vá ter recebido uma notícia importantíssima e urgentíssima nos cinco minutos que passaram desde que o consultou pela última vez. E isto dá trabalho que ele é o gmail, o hotmail, o do servidor de internet, o do emprego...
  2. Consulta o Facebook mais umas 300 vezes. Afinal, alguém pode ter escrito alguma coisa interessante na parede de um amigo. Se estiver mesmo mesmo entediado e a mensagem seja numa língua que não entende, ainda se dará ao trabalho de a traduzir no Babelfish. E, se se lembrar ainda vai dar uma espreitadela ao Hi5, ao Wayn e ao LinkedIn.
  3. Vai controlando quem está online no messenger e no googletalk e pensa "Estes gajos, pá, 'tão sempre online, não fazem nenhum".
  4. Consulta os blogs de amigos e desconhecidos, igualmente uma centena de vezes, mesmo que seja de um blogger que, por hábito, não escreva todos os dias.
  5. Se o próprio tiver um blog, pois que consulta o sitemeter outras dezenas de vezes, não vá ter tido uma visita de um país estranho ou ter um novo link noutro blog.
  6. Consulta o seu site de informações preferido, mais uma vez milhares de vezes, para ver se há notícias sobre a pequena Maddie.

sábado, setembro 01, 2007

sexta-feira, agosto 31, 2007

Palestinian Fashion Victim

Os lenços palestinianos sempre estiveram na moda, mas a nova colecção Balenciaga (que, diga-se, é a melhor deste inverno; eu estou encantada) tornou estes lenços no must-have da estação.
Cada vez que uma figura pública os usa, dá sempre confusão - do Zapatero ao Ricky Martin. Não percebo porquê - afinal a luta do povo palestiniano é internacionalmente reconhecida, a polémica está nos meios a que alguns grupos recorrem nessa luta. Veremos como será este Outono/Inverno, depois da fashion/political statement da Balenciaga. Não sei se foi, de facto, um statement da marca, mas não acredito na ingenuidade dos criadores. Aguardam-se as consequências para a causa palestiniana.
O lenço Balenciaga está mais acessorizado que o original, mas também é significativamente mais caro: mais de 5 000 euros em comparação com os prováveis 10 que custará na cidade velha de Jerusalém (imagino que em cidades palestinianas menos turísticas seja ainda mais barato). Por mim, contentar-me-ei com um original - até porque por mais que o outro seja Balenciaga, um original comprado in loco tem sempre outro significado.
Embora já tenha vistos jovens a usarem o lenço aqui em Israel (provavelmente israelitas de extrema-esquerda), vou guardar o meu para quando regressar a Portugal.
I am a political fashionista.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Long live Sophia Coppola

Ontem, ao procurar o video dos Windsor for a Derby, descobri este, "I want candy" dos Bow Wow Wow.
Repare-se no pormenor aos 02:35. Já me tinham alertado para o detalhe, que é delicioso. Como me escapou no filme, eu estava ansiosa por o rever em DVD. Afinal, aqui está

quarta-feira, agosto 29, 2007

Obsessões

Windor for the Derby, Melody of the Fallen Tree, da banda sonora do filme Marie Antoinette.
Não consigo parar de ouvir esta música!

segunda-feira, agosto 27, 2007

O ombro do pecado

Domingo. Dia Santo. Deu-se milagre: antes da sete da manhã já eu estava levantada para ir turistar por aí. Plano: ir a Haifa, onde existe um templo Bahai, uma religião que reúne as personagens importantes das outras religiões, de Moisés a Buddha, passando por Jesus e Maomé, e os considera a todos profetas bahai (abstenho-me de comentar).
Chegada a Haifa, a fome começou a apertar, que o corpinho não está habituado a levantar tão cedo, ressente-se, coitadinho. Mulher prática que sou, resolvi pôr-me a andar em direcção ao tal templo, até porque aquilo era num monte bem alto e ia levar tempo a chegar lá. No caminho, pararia num café. Só que a terceira maior cidade de Israel, que se orgulha de tanto trabalhar ("In Jerusalem you pray, in Tel Aviv you play, in Haifa you work"), não tem cafés! Restaurantes de falafel e shwarma a tresandar a fritos logo às nove da manhã é aos pontapés! Cafezinho com croissant, nem vê-lo! Isto, a juntar às subidas íngremes da cidade, ao calor que já fazia e ainda não eram dez da manhã e às gotas de suor que já me escorriam pela testa e costas, não augurava nada de bom.
Sem croissant e ainda enjoada com o cheiro da falafel, lá avistei a entrada dos jardins do templo. O segurança que estava nos portões vem ter comigo e diz-me que aquilo é um lugar santo e por isso eu não podia entrar com os ombros à mostra. " Mas eu não tenho os ombros à mostra, até tive o cuidado de escolher esta t-shirt exactamente por causa disso" - pensei eu na minha ingenuidade. Qual quê! Estavam ali dois dedos de pele a descoberto que enlouqueciam Deus! O facto da t-shirt ser um pouco curta e desnudar parte da minha barriga não importava, mas aquele pedaço de pele, ali na fronteira entre o ombro e o braço era demasiado erótico e poderia perturbar o Senhor lá de cima que, ao que parece, tudo sabe e tudo pode, mas que só deve ver a pouca vergonha de um ombro semi-desnudado quando este lhe aparece às portas do jardim. Aí, Deus fica que nem pode! Terá medo de cair em tentação e não ter ninguém a quem recorrer para O livrar do mal?
Este pessoal mata em nome de Deus (e não são só os muçulmanos!), homens, mulheres e crianças, estropiam-se uns aos outros sem piedade, é só sangue e tripas de fora, mas um ombro à mostra... vade retro santanás... mulher perdida na vida!
Ainda fui procurar uma loja para comprar um lenço que cobrisse o ombro do pecado (e um café aberto... sim, ainda), mas claro, numa cidade onde não se encontra um sítio para tomar o pequeno-almoço, também não se há-de encontrar uma loja que venda lenços.
Conclusão, fui-me embora. Do templo bahai e de Haifa.
No fundo, acho que isto foi um sinal de Deus a dizer "Lá por estares na Terra Santa, não te entusiasmes que Eu não quero nada contigo". Pois, o Senhor que não se preocupe que o sentimento é mútuo.

sábado, agosto 25, 2007

sexta-feira, agosto 24, 2007

Silly Season

Este blog está uma seca, eu sei. Logo agora que a Rititi me considerou a cuequinha importante. Mas o mundo está uma seca! E quando algo acontece, ou não é digno de registo ou, pelo contrário, é tão digno de registo que eu fico sem palavras. Às vezes vejo tais barbaridades na política internacional que começo a pensar que devia ter ido para cabeleireira.
Quando o mundo regressar de férias (sim, o mundo, porque eu continuo a trabalhar e a sonhar com uns diazinhos fora de Tel Aviv, assim no Sinai ou em Moscovo), o blog voltará à sua actividade normal.
Por enquanto, ficam as fotos da Terra Santa.
Enjoy!

terça-feira, agosto 21, 2007

sábado, agosto 18, 2007

Shabbat Shalom

Reserva natural de Banias

quinta-feira, agosto 16, 2007

Sobre Israel

Ontem, em Jerusalém, na mesa ao lado um israelita dizia a uns estrangeiros:
"Em Jerusalém, encontram-se as pessoas mais tresloucadas das três religiões. Judeus, cristãos e muçulmanos.
Tel Aviv é uma mentalidade completamente diferente. A cidade funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Em certas coisas, é ainda mais liberal que Amesterdão."

terça-feira, agosto 14, 2007

That kind of girl

Há dias ouvi alguém dizer "I'm not that kind of girl", sendo que esse "kind of girl" significava uma rapariga que dorme com o rapaz logo na primeira noite.
É curioso que, mesmo dizendo-se modernas e independentes, estas mulheres são as primeiras a fazer o comentário machista e a deitar a baixo qualquer luta feminista. Nunca eu conheci um homem que fizesse este tipo de comentários ou que desrespeitasse uma mulher por ela ter dormido com ele na primeira noite. Se calhar são até as mesmas que, com um tom acusador e dedo espetado contra o seu interlocutor, dizem aquela frase mais que batida "Um homem que tem muitas parceiras é um garanhão e uma mulher na mesma situação é uma puta", esquecendo-se que são elas próprias as primeiras a discriminar.
Curioso é também que, por vezes, esta frase tão afirmativa é usada ou no banco de trás do táxi, entre um beijo escaldante e outro, a caminho de casa dela, ou já na manhã seguinte, antes que ele se vá embora e não lhe peça o número de telefone. "I'm not that kind of girl, you know?". He knows, he knows, claro que sim, ela não é desse tipo, não, nunca faria uma coisa dessas, ele é que é especial, ela olhou para ele no meio do bar e, entre um shot de whisky e uma vodka limão, achou que ele era diferente, digno de um comportamento tão leviano por parte dela, claro que sim, isso e os bebés virem de cegonha.
Ainda sobre isto alguém me dizia que se dormisse com alguém na primeira noite não podia estar à espera de ter uma relação séria com essa pessoa. E se não dormir, pode? Poder-se-à decidir, na primeira noite, depois de poucas horas de convívio, que se quer ter uma relação séria com a outra pessoa? Tenham paciência.
Não que eu defenda que agora toda a gente saia por aí a dormir com estranhos a torto e a direito, mas o "that kind of girl" implica um juízo de valor bastante pejorativo em relação a quem o faz. E quem o faz pode fazê-lo a torto e a direito ou não. O ritmo de uma relação ou de uma não-relação deve ser marcado apenas pelo indivíduo e o casal e não pela moral alheia.

domingo, agosto 12, 2007

Israel

Crianças haredim em Safed, uma das cidades mais importantes do Judaísmo.

A pedido de muitas famílias, vou tentar postar mais fotos de Israel.
A ver se alguém se entusiasma a vir cá fazer uma visita. E quem não pode, viaja através das fotos.

sábado, agosto 11, 2007

Serviço Público

Há homens que são como uma exposição itinerante. Lindos e vistosos, sabem que o são e, por isso, gostam de se exibir, desfilar de um lado para o outro, posicionar-se em lugares onde podem ser vistos por todos/as.
No entanto, como qualquer outra obra de arte, mantém-se distantes, quase com um cordão de segurança que ninguém consegue atravessar. Ignoram ou fingem ignorar os olhares desejosos até dos admiradores mais "interessantes". Não se toca. Pode estragar.
Nós admiramo-los. É impossível tirar os olhos deles. Já se sabe, não se toca. Até porque excesso de auto-estima já eles têm.
Depois a exposição acaba, passa para um novo lugar, que os outros também têm direito a ver o belo. Nós também passamos a outra actividade, que ver exposições não alimenta estômagos esfomeados.
Mas quem não gostaria de ter o David em casa, na colecção privada?

Shabbat Shalom

Câmara Municipal de Tel Aviv

quinta-feira, agosto 09, 2007

Raios partam as notícias, pá!

Sai uma pessoa mais cedo do trabalho, já a imaginar-se estendida na areia a ler um livro e a aproveitar o resto dos raios de sol do fim da tarde, quando liga a televisão para saber das últimas, ao mesmo tempo que começa o ritual do tira-roupa-veste-bikini-põe-protector, e ouve que o actual estilo de vida ocidental, que inclui entre outras coisas passar muito tempo a esturricar ao sol, fez aumentar em 23% o cancro de pele. Eu nem me preocupo tanto com o cancro, mas o excesso de sol também provoca envelhecimento cutâneo....
Lá se foi a minha vontade de ir para a praia. Estendi-me no sofá a ver o CSI, que entretanto não sei como acabou porque adormeci.
Vida deprimente...

Orgulho em ser português



Aparecer na primeira página do IHT por causa de uma prática circense, bárbara e ultrapassada já é mau, mas aparecer por causa uma criatura que não cumpre a lei e ainda se orgulha disso é o fim do mundo.

Esta série é uma Bíblia!

Sex and the City:
"I won't go for less than butterflies".
Pois... nem eu...

quarta-feira, agosto 08, 2007

Uma vida de trabalho

Já estamos em Agosto e eu nem dei por isso.
É a primeira vez que trabalho em Agosto. Aliás, é a primeira vez que trabalho na vida, mas isso são pormenores. Normalmente, Agosto era aquele mês em que não se fazia nada, um tédio de morte em Coimbra, em que eu ficava a arrastar-me em casa sem energia sequer para ler um livro. Lá ia passar uma semanita ao Algarve com as meninas, um fim-de-semana na casa na terrinha dos avós, pouco mais.
Agora, a trabalhar, tenho a sensação que ainda estamos em Junho (sim, porque Julho era mês de exames ou de férias, algo que também não se repetiu este ano). E de Junho hei-de passar directamente para Setembro ou até Outubro. Não fossem as altas temperaturas e a invasão de turistas americanos e franceses que transformaram Tel Aviv numa coisa a meio caminho entre Vilamoura e Armação de Pêra, eu diria que o Verão não tinha passado pela Terra Santa.
Vidas de trabalho, é o que é...

domingo, agosto 05, 2007

Os homens são de Marte, as mulheres são de Vénus e a moral... vai-se lá saber

Quando um homem casado tem uma relação extra-conjugal é um filho da mãe, que se deixa levar por qualquer uma que lhe aparece e não respeita filhos e mulher - a desgraçada que fica em casa a cozinhar e a passar-lhe as camisas. Já uma mulher casada que trai é uma vítima de um casamento falhado, da falta de atenção do marido, fê-lo porque se sentia vazia e não amada. Basta ler qualquer revista ou ver a Oprah, essa grande senhora, para ver entrevistas ora da vítima traída por um marido sem moral, ora da vítima que traiu porque não se sentia preenchida pelo casamento.
Deve ser para compensar o facto de, em solteira, uma mulher com vários parceiros ser uma puta e um homem ser o maior (se bem que acho que não só isto já não é bem assim como, ainda sendo, é culpa sobretudo das mulheres; mas este é assunto para outro post)
Chego, portanto, à conclusão que a verdadeira libertação da mulher se dá depois do casamento. A partir daí, os comportamentos "libertinos" são bastante mais justificáveis.
E eu que continuo sem sequer um noivo...

quarta-feira, agosto 01, 2007

Angustia...

.... por ter a sensação que não me despedi devidamente de alguém que não sei quando e se voltarei a ver.

segunda-feira, julho 30, 2007

Efeitos da humidade no corpo humano

Under conditions of high humidity, the evaporation of sweat from the skin is decreased and the body's efforts to maintain an acceptable body temperature may be significantly impaired. Also, if the atmosphere is as warm as or warmer than the skin during times of high humidity, blood brought to the body surface cannot shed heat by conduction to the air, and a condition called hyperpyrexia results. With so much blood going to the external surface of the body, relatively less goes to the active muscles, the brain, and other internal organs. Physical strength declines and fatigue occurs sooner than it would otherwise. Alertness and mental capacity also may be affected. This resulting condition is called heat stroke or hyperthermia.

Tem estado entre 34 e 38 graus de temperatura em Tel Aviv. Isto não seria nada de especial (afinal sou portuguesa) se não estivesse uma humidade relativa de 80%, o que aumenta a sensação de calor em mais 4 ou 5 graus.
Deixei de ir à praia.
Deixei de ir para o trabalho a pé.
Deixei de sair à rua durante o dia, qual Drácula.
Deixei de usar calças ou calçado fechado.
Deixei de ter qualquer actividade física e/ou cerebral.

sábado, julho 28, 2007

Shabbat Shalom

Estes dias não têm sido fáceis. O blog está parado, ao contrário da minha vida. Para a semana, isto já melhora. Ou não...

terça-feira, julho 24, 2007

Eu devia era ter ido para a tropa

Quartel-General da UNDOF, a missão das Nações Unidas que monitoriza parte dos Montes Golã, território sírio anexado por Israel.

segunda-feira, julho 23, 2007

Remédio santo!

Bem pode passar uma modelo de 1,80 m, 1,50m só de pernas e 30 kg de peso ao meu lado que eu continuo impávida e serena a comer o meu hambuguer cheio de queijo com batatas fritas a boiar em ketchup e a pensar que bela vai ser a minha tarde esparramada no sofá.
Mas se passa uma mulher mais velha, com rugas por todo o lado, o peito nos joelhos e as pernas a rebentar de varizes, é ver-me a besuntar toda em protector solar écran total e fazer exercício físico na praia e, depois, ao chegar a casa, tomar um banho com jactos de água gelada pelo corpo todo para, a seguir, fazer uma lista de todos os cremes que eu preciso de comprar - contra rugas, celulite, estrias, perda de firmeza, retenção de liquídos, TUDO, TUDO!

Travis: Selfish Jean

Eu sinto que estou a ficar velha...

... quando apanho uma grande seca a ver o último filme do Harry Potter e começo a considerar seriamente se valerá a pena dar sete euros para ver Shrek 3.

sábado, julho 21, 2007

Inutilidades

A quem interessará ter o nome gravado num bago de arroz?

Shabbat Shalom

Sinal de stop
Numa terra que usa 3 alfabetos diferentes (qualquer dia 4, dado o aumento do poder e influência dos imigrantes russos em Israel), o gesto é tudo.

sexta-feira, julho 20, 2007

Eu devia era ter ido para a tropa


Fronteira israelo-libanesa

quinta-feira, julho 19, 2007

Do all goods things need to come to an end?

O dia 1 de Julho foi o primeiro dia do resto da minha estadia em Israel.
Hoje comprei a minha viagem de regresso (não sei muito bem regresso a onde, mas regresso).
Faltam pouco mais de cinco meses.
Se, há uns tempos, estava a ficar farta de cá estar - é incrível como uma cidade tão interessante e agitada como Tel Aviv pode ser tão depressiva no Inverno - agora estou a ficar com o bichinho outra vez. E se eu ficasse por mais seis meses? Tal só seria opção se fosse para Jerusalém ou para os Territórios Ocupados... e teria que procurar um emprego (afinal, propostas de trabalho que caem do céu não devem acontecer muitas vezes na vida e eu já devo ter esgotado a minha quota para os próximos anos)... a coisa apresenta-se um tanto complicada e trabalhosa. Mas também bastante apetecível...
Não sei o que esta terra tem, mas cola-se à pele e não sai. Nem esfregando!
Deve ser porque eu tive que comprar uma viagem de ida e volta, porque ficava muito mais barato, mesmo não usando a volta. Mas vou ficar a pensar no raio da viagem de volta...
Ou então foi só porque eu passei o dia na Cisjordânia. Muito sol na cabeça. Muita miséria na memória. Muita culpa na consciência por ver pessoas a viver em tais condições.

quarta-feira, julho 18, 2007

Eu devia era ter ido para a tropa

Tanque sírio da guerra de 1948

terça-feira, julho 17, 2007

Factfinding Mission: Conclusões Preliminares

Em cima, Líbano. Em baixo, Síria.

Após ter percorrido a fronteira israelo-síria-libanesa de uma ponta a outra, de ter andado pelos Montes Golã ocupados, de ter subido até Metula (o ponto mais a norte de Israel) e de ter observado atentamente as movimentações no Líbano, na Síria e na área controlada pelas Nações Unidas, concluí que, do lado sírio, está tudo calmo. Claro que podem haver uns tanques ou uns soldados escondidos atrás daquele arvoredo, mas até ver, nada. Já no lado libanês, apesar de não ter visto bandeiras do Hezbollah, posters com a cara do Nasrallah nem veículos da UNIFIL II(provavelmente por falta de equipamento adequado, a olho nu não se pode exigir muito), vislumbrei algo suspeito. Não sei se dar para ver bem na foto, mas há ali fumo e, já se sabe, onde há fumo há fogo. Aquilo pode ser uma de três coisas: um katyusha que caiu por engano em território libanês, em vez de cair em Israel; uma plataforma de lançamento de rockets que a força aérea israelita bombardeou; ou qualquer coisa a arder. Provavelmente será esta última, mas eu a minha imaginação é fértil.
Conclusão: fronteira calma. No pasa nada.

segunda-feira, julho 16, 2007

sexta-feira, julho 13, 2007

Susaninha em factfinding mission pelo norte

Isto anda tudo uma grande confusão, ninguém se entende. Uns dizem que este Verão vai haver guerra com a Síria ou com o Hezbollah, outros dizem que não. Já que não se pode confiar nas fontes, eu vou ao terreno ver afinal o que se passa. Vou à fronteira israelo-síria-libanesa ver se, de facto, a Síria anda ou não com grandes movimentações militares, se o Hezbollah tem Katyushas apontados para Israel ou não, dar dois dedos de conversa com os capacetes azuis. Depois digo de minha justiça.
Só espero que nenhum militante (eu já pareço a BBC) dê um ar de sua graça e lance um rocket enquanto eu andar a conduzir pelas bucólicas estradas da Galileia. É que não deve haver sirenes nem abrigos no meio do mato.
Com ou sem rockets, a viagem que eu vou fazer ao norte de Israel está a revelar-se bem mais interessante do que se estava a afigurar no início. Queriam pôr-me em comunhão com a natureza, a fazer campismo selvagem e trekking, e a participar num evento pela paz em que israelitas, palestinianos e jordanos se vão juntar no meio do mato para o convívio. (A ideia era saltar para dentro de um rio, mas como o rio jordão está contaminado por produtos tóxicos, já não podem. O que é bom, porque assim desenjoa de tanta perfeição pacifico-ecológica). Não me interpretem mal: eu, à semelhança do Blair, também me ando a fazer ao Nobel e, por isso, quero participar na paz do Médio Oriente. Andar a acampar no meio do nada e a cantar numa roda à volta da fogueira é que já me parece demais...
Felizmente tais planos falharam e eu vou é ver tanques sírios abandonados e ouvir rádio libanesa. Até segunda-feira!

quarta-feira, julho 11, 2007

Histórias de encantar

Lobo Mau: Capuchinho, porque tens uma casa tão grande?
Capuchinho: Oh, é para te receber melhor!
Lobo Mau: Capucinho, porque tens uns copos de cerveja tão grandes?
Capuchinho: Oh, é para te servir melhor!
Lobo Mau: Capuchinho, porque tens uma cama tão grande?
Capuchinho: Oh, é para te comer melhooooooooooooorrrrrrrrrr!

segunda-feira, julho 09, 2007

Ai que eu já não durmo esta noite!


Que caia já o governo. Que se convoquem eleições. Que se ponha o Ratzinger à frente de um governo de emergência. Que se imponha o latim como língua oficial do país!

domingo, julho 08, 2007

Estou verdadeiramente apaixonada

Pocoyo is killing himself laughing!!
Este é o boneco mais adorável do mundo!

É só para dizer que

  1. O Iggy Pop rocks!!!!!!!!!!!! Ele é uma verdadeira personagem. E eu ainda tenho os ouvidos a zumbir.
  2. Já estive em três das sete novas maravilhas do mundo, mas falta-me a melhor de todas: Macchu Picchu. :(

Sim , não disse nada de interessante, mas não tinha nada para dizer.

sábado, julho 07, 2007

No comments

Antes de mais, importa dizer que eu gosto muito de França, da cultura, da gastronomia, dos vinhos, da música, da língua. Embora não goste de Sarkozy, gosto da política francesa e, sim, gostava do Chirac. Adoro Paris. Já lá vivi, já lá fui várias vezes e estou sempre pronta a voltar. Nunca, enquanto lá vivi, disse mal dos franceses. Excluindo uma ou outra situação bem específica e fora de França, tenho a melhor imagem dos franceses. Até já tive dois affairs franceses, de quem tenho as melhores recordações.
Posto isto, acho ridículo que, numa festa onde TODA a gente está a falar inglês, eu fale (em inglês, of course) com uma francófona, que até há trinta segundos atrás também estava a falar inglês, e ela me responda "sabes falar francês, podes falar francês comigo". Mas há paciência?!

Shabbat Shalom

Hoje é dia de concerto do Iggy Pop and The Stooges!

quarta-feira, julho 04, 2007

Magnetismo virtual

Não sei o que se passa, mas hoje, sem que nada o fizesse prever, dois miúdos giros, mas daqueles mesmo mesmo giros, vieram falar comigo. Infelizmente, os contactos foram feitos via net, messenger e afins.
Devo andar a enviar um magnetismo especial via netcabo....
Ai mundo virtual...

segunda-feira, julho 02, 2007

Would have could have

Há dias, num filme, descobri o conceito de would-have-could-have person: aquela pessoa, que supostamente todos temos na vida, com quem nunca tivémos nada, mas com quem esteve sempre tudo para acontecer. Por uma questão de timing - uma ou ambas as pessoas estarem numa relação, mudança de cidade ou de país, etc - nunca aconteceu nada entre os dois. Porém, a atracção, a vontade de saber o que aconteceria se e a a frustração de saber que aquilo nunca deu em nada apenas por causa das circunstâncias fazem com que a tal would-have-could-have person tenha uma aura especial, imaculada. Afinal, as coisas não deram certo por o outro ser um idiota, mas apenas por razões exteriores às duas pessoas. Cada um tem a sua vida, mas há alturas em que o would-have-could-have vem à memória.
Eu tenho o meu respectivo would-have-could-have. Tenho que reconhecer que o nosso timing é, de facto, péssimo, mas isso só aguça ainda mais a minha curiosidade do e se.... Só ainda não compreendi se ele existe apenas por existir, para estar ali, qual bibelot trazido de umas férias nas Canárias, ou se tem alguma utilidade. Para me relembrar, nos piores momentos, de que há esperança e que, se calhar, nem todos são iguais? Será ele the one - ou andarei eu a ver filmes românticos a mais?

domingo, julho 01, 2007

There is a statement!

Mika, Big Girl (You are beautiful)
You take your skinny girl
I feel like im gonna die
Coz a real woman needs a (real man has why)
You take your girl and multiply about four
Now a whole lot of woman needs a whole lot more
(...)
With girls all around
Curves in the right places
big girl you are beautiful

sábado, junho 30, 2007

Shabbat Shalom

O contentor de reciclagem de embalagens (a única que se faz em Israel).

sexta-feira, junho 29, 2007

Arco-Íris

Ontem foi a noite branca em Tel Aviv. Museus abertos, concertos, uma grande festa na praia...
A avaliar pela quantidade de gays que se passeavam pelas ruas, mais parecia a noite rosa.
Pelo número de margueritas que bebi, acho que a vou recordar como a noite cor de limão.
Hoje a manhã, porém, apresentou-se bastante negra.

quinta-feira, junho 28, 2007

Mas há direito?

Anda aqui uma pessoa fora do país a lutar pela vida, que isto está mau para todos e não se sabe quando vai melhorar, a poupar o pouco que sobra todos os meses, a tentar juntar um pé-de meia para o enxovalinho, para o carrinho que já se sabe que é sempre preciso mesmo que se viva com a estação de metro em frente a casa, para o casamento em Agosto, para a entrada do T1 em Massamá e para a vivenda na terrinha com miniaturas do Muro das Lamentações, da Mesquita da Roca e da Igreja do Santo Sepulcro no jardim... e no dia em que recebe o tão merecido subsídio de férias, aquele dinheirinho que vem do céu (o novo nome para Ministério das Finanças), começam os saldos! E de repente, abro o meu armário, recheado de milhares de t-shirts, centenas de calças, dezenas de sapatos e de vestidos e descubro que não tenho absolutamente nada para vestir.
Afastai-me, senhor, do caminho da tentação.

Encontros imediatos do 3º grau?

Isto aqui pelo Médio Oriente está a começar a subir de nível e de interesse.
Será que ainda vou ter o prazer de encontrar Mr Blair por essas ruas, por esses restaurantes de falafel, por essas mesas de café?
Terei que passar a ir mais vezes a Jerusalém, a tomar café no mítico American Colony Hotel. Ou entao, tal como aconteceu com o Sven Goran Ericksson, ir de encontro a ele na praia em Tel Aviv. E aí, eu direi no mais posh british accent: "Oh dear! Mr Blair".
Será que irei tomar chá e scones com a Cherie?

segunda-feira, junho 25, 2007

Orgulho em ser português

Este fim-de-semana, ouvi falar na televisão de um golfista português. Como os meus conhecimentos sobre golf não vão além do Tiger Woods, foi investigar. Ora Google para aqui, Google para ali, chego a esta pérola: o site oficial do Filipe Lima, "GOLFEUR Professionnel - Nº 1 au PORTUGAL". Assim, sem tirar nem pôr. E a coisa já começava a prometer.
Clico no link e... o écran fica COR-DE-ROSA. Entretanto, por cima desse fundo bem colorido aparecem várias imagens do dito Filipe Lima em acção e, por cima, todas as suas qualidades: "vencedor, determinação, carisma, talento". Um poço de virtudes! Só falta mesmo é o bom gosto, que aquelas calças laranja avermelhado não o ajudam muito.
Passada a introdução, chego ao coração do site, sempre com o fundo COR-DE-ROSA. O Filipe deseja um Feliz Ano Novo 2007 aos seus fãs (daqui depreende-se que a vida de"GOLFEUR Professionnel - Nº 1 au PORTUGAL" dá trabalho. Em quase sete meses não se arranja tempo para mudar a mensagem de boas vindas aos seus fãs. Será que os seus fãs não mereciam pelo menos cinco minutos para a mudança de mensagem? Afinal são os seus fãs! Quantas pessoas se podem orgulhar de ter os seus próprios fãs? Hã? Hã?).
Em seguida, a secção "A minha vida": percebo logo que o rapaz é um verdadeiro Mozart do golf. Bateu as primeiras bolas aos dois anos, como se pode constatar pela bela foto de infância. E são, de facto,as fotos que me chamam a atenção. Aquela com a gola do polo em - que mais poderia ser? - COR-DE-ROSA, e a outra, igualmente bonita, com Filipe encantado com as pombinhas de Veneza. Clicando do lado direito, dá para saber os gostos do nosso Golfeur. E aí confirma-se a minha suspeita desde o ínicio: as cores favoritas dele são COR-DE-ROSA e roxo vivos (a partir daqui eu não só questiono o bom-gosto do rapaz, como a sua orientação sexual), gosta de jogar xadrex (deve ser alguma modernice dos campos de golf, inspirada no xadrez) e que é supersticioso e que um dos seus rituais envolve jogar de COR-DE-ROSA. E como uma pessoa está sempre a aprender, fiquei a saber que o Jack Johnson (cantor preferido) é australiano. Vivendo e aprendendo!
Quem fôr dado ao golf, ainda pode aprender os truques do Filipe, que ele explica. Eu, como de desporto só faço zapping, passei à frente. Aliás, fui embora que tanto COR-DE-ROSA me estava a fazer dor de cabeça.
Pois que recomendo vivamente o site. Que este Filipe Lima é o nosso Tiger Woods. Que é a nossa esperança por esses campos que nos sugam a água potável toda. Que é mais um orgulho nacional. Que é o "GOLFEUR Professionnel - Nº 1 au PORTUGAL". E mais: que é um homem que não tem vergonha de assumir o seu gosto pelo COR-DE-ROSA. Isso ou outra coisa...

sábado, junho 23, 2007

Shabbat Shalom

Os bancos de rua de Tel Aviv.
Adaptados ao calor insuportável.

sexta-feira, junho 22, 2007

Okidoki Man: as últimas

Para os grandes defensores do Okidoki Man, aqui vão as suas últimas pérolas: em vez de Hey ou Hello, ele passou a usar Hi di do (sim, Hi di do!); e chamou-me Frau Susana (porque eu tenho mesmo ar de Frau - alta, loura, germânica, autoritária). Vale a pena dizer mais alguma coisa? Ainda querem apresentar mais algum argumento a favor do senhor?
Hi di do - Frau - Okidoki. À terceira vez a ouvir isto, já eu estava de faca na mão, pronta a cometer um crime passional!
Será a coisa mais cool da Finlândia? Talvez. Mas é público que eles não têm um gosto muito refinado. Não esqueçamos que Chirac* disse que eles tinham, a par com os ingleses, a pior comida da Europa. Não esqueçamos também que o senhor da foto, o Primeiro-Ministro, é considerado o homem mais sexy da Finlândia (se a amostra é esta, Deus nos livre e guarde do resto. Vale mais fugir para a China). E que acabou com a namorada por sms (e eu a pensar que eram só os italianos que faziam destas coisas, afinal é universal).
Tudo isto a juntar ao Hi di do - Frau - Okidoki... convenhamos, as perspectivas não são as melhores.
*Noutras questões mais sérias, começa já a sentir-se a falta de Chirac, que punha no lugar certas e determinadas figuras. Eu já senti a falta dele duas vezes.

quinta-feira, junho 21, 2007

A China seria o paraíso...


... não fosse aquele pequeno pormenor. Mas aí reside o cerne da questão: o pormenor é, de facto, muito, muito pequeno.

Boas ideias

Há dias em que eu precisava de acordar assim. Por volta das sete da manhã, a máquina começava a fazer café que, entretanto, ia sendo injectado nas minhas veias. Assim, às 8h30, a cafeína já estaria a fazer efeito no meu corpo e todo o processo de me levantar da cama seria facilitado.
Evitar-se-iam vários impropérios gritados (gritados não, pensados, que aquela hora nem força para insultos eu tenho) ao despertador e à desgraça que a minha vida é, o eterno carregar na opção repeat, atrasos e coisas afins.
Todo o meu dia seria muito mais produtivo.

domingo, junho 17, 2007

Okidoki Man

Eu sei que me queixo que "ninguém gosta de mim todos me odeiam pensam que eu como lombrigas daquelas bem gostosas compridinhas e saborosas que estrebucham e rabeiam", que não conheço nenhum homem interessante e que, aparentemente, também não devo parecer interessante a ninguém, que os que são interessantes têm sempre namorada, blablabla...
No entanto, quando me aparece um rapazinho culto, bem formado, nascido e criado no seio da minoria sueca na Finlândia (o que, de certa forma, até satisfaz o meu desejo de casar com um sueco), que me manda mensagens de boa noite e me convida para passeios à beira-mar, eu desdenho. Ou não respondo ou digo que estou ocupada.
Estarei a perder o homem da minha vida? O último exemplar da espécie dos bons, pois a partir daqui só ficará a escumalha ou um homem insuflável? Estarei a deixar escapar a derradeira oportunidade que me orientar na vida, que isto de ser uma mulher independente é tudo muito bonito, mas de que vale se depois fôr olhada como uma solteirona? Talvez.
Mas eu não aguento o Okidoki!!!!! OKIDOKI, senhores, OKIDOKI!!!!!!!!!! A criatura não só perde em sensualidade (o que, diga-se, não é bem coisa que ele se possa dar ao luxo de andar por aí a perder), como perde em credibilidade. Não dá. Eu arrisco ficar sozinha.