Por estes dias, comemorou-se o Purim, o Carnaval cá do sítio. O Purim celebra a salvação dos judeus depois do ministro persa Hamman ter decretado a sua aniquilação. Foi a Rainha Ester, que era judia, que conseguiu "tramar" Hamman e salvar o seu povo. Daí, nesta altura, se comerem as orelhas de Hamman.
Isto é tudo muito bonito, ah e tal as tradições religiosas, os costumes de um país diferente, mas o que realmente interessa é a festarola. Este fim-de-semana, saiu tudo à rua mascarado: crianças e adultos, religiosos e seculares. Ao contrário de Portugal, onde os homens se mascaram (e mal!) de mulheres com a roupa das irmãs, aqui tudo é levado a sério. Os disfarces são originais e muito bem feitos. O melhor que vi este ano foi um canivete suíço (o ano passado gostei muito de uma Frida Kahlo). Até os ortodoxos, sempre mais taciturnos, relaxam, mostram-se mais felizes e alguns até se mascaram. Outra coisa curiosa desta época festiva é que é provavelmente a única altura do ano em que os israelitas bebem álcool a sério. É vê-los nas festas, a dançar em cima do bar e bem bem bebidos.
Foi um bom Carnaval, sem cortejos, escolas de samba e música brasileira de gosto duvidoso. Só é pena não ser feriado. E não eu não ter Gurosan em casa.
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