sexta-feira, março 23, 2007

Efeitos da falta de café

Às 9h, o telemóvel tocou. Alguém que não está familiarizado, primeiro com a minha pessoa, segundo com os horários do funcionalismo público português, pensei eu. Confirmou-se.
"-Olá, desculpa não ter ligado ontem"- sinal 1 de falta de café: eu não me lembrava que era suposto ela ter ligado.
"-Quero convidar-te para ir no sábado ao mar de Tiberias." "-Ah, acho que já lá estive. Se calhar não vou." - sinal 2: não existe tal coisa como mar de Tiberias e não foi isso que ela disse como eu percebi mais tarde; sinal 3: se fosse o sítio que eu estava a pensar, a cidade de Tiberíades no mar da Galileia, a resposta não deveria ter sido "acho que", eu já lá estive de facto; sinal 4: alguém me convida para viajar e eu digo que não.
"-blablabla, vai o Troels, blablabla". "-Naaa, acho que não..."- sinal 5: convidam-me para passar o dia com o viking giraço e eu digo que não?! Sinal de ausência total de actividade cerebral!!!
"-blablabla, apanhamos autocarro para Ramallah." "-Ahhh, então eu ligo-te depois para dizer o que decidi."- sinal 6: Ramallah tocou um qualquer sininho e foi aí que percebi que ela não falava do mar de Tiberias, mas sim de um sítio qualquer na Cisjordânia. Contudo, o sinal não foi suficiente para o meu pensamento ser rápido e eu aceitar logo o convite.
Conclusão: antes de chegar ao trabalho passei pelo café e "-An expresso, please. To go" "-Regular ou double?" "-Hum, make it double."
E claro, a questão já está resolvida, amanhã lá irei eu.

1 comentário:

Filipa disse...

Nada que um abatanado não resolva... e as tuas naturais capacidades claro! Nem por um momento duvidei de que conseguirias os teus intentos;)