terça-feira, dezembro 05, 2006

Começou a síndrome do compromisso

Ultimamente, os miúdos giros e interessantes que tenho conhecido têm todos namorada, excluindo umas criaturas que, passado uns tempos, eu percebo porque é que, apesar do package ser prometedor, estão sozinhos. É que não há ninguém que os ature.
Ora, se aos vinte eles já têm todos namorada, aos trinta vão estar todos casados, aos quarenta divorciados, com uma carrada de filhos a tiracolo e em plena crise de meia idade e nas décadas seguintes eu nem consigo imaginar...
Conclusão: 'tou tramada. Poucos estão disponíveis para uma não-relação.
É curioso como o estereótipo do jovem que quer aproveitar a vida sem se prender a ninguém já está ultrapassado. Muitos dos meus amigos têm namoradas há imenso tempo, enquanto as minhas amigas (salvo honrosas excepções) estão solteiras e com outras prioridades na vida. Estarão os homens a ficar emocionalmente dependentes?

21 comentários:

Filipa disse...

O síndrome anda mesmo à solta, já me apercebi disso... E a dependência emocional também. Ou será o facto de andarmos por vezes a caminhar em sentidos opostos que nos faz reparear mais nisso?
Realmente o compromisso anda aí (salvo honrosas excepções:)

Furão disse...

Claro que não,

Mas é que ultimamente anda difícil arranjar uma ulher que queira filhos, quando se encontra ela é disputada a bofetões.

(você mesma disse que a maioria está com outras prioridades na vida)

Su disse...

Filhos?! O truque é esse?
Mas afinal um homem apaixona-se por uma mulher por aquilo que ela é ou pela seus níveis de fertilidade?
Filipa: ainda bem que não sou a única a reparar.

Anónimo disse...

Permita-me discordar caro furão. Mulher que queira filhos são quase todas, agora não espere é encontrar máquinas de reprodução. Temos outras prioridades na vida. E se bem que compromisso possa ser desejado, tornar-se uma dependência do homem para que ele tenha aonde esvazar a sua dependência emocional está fora de questão. As mulheres não são nem a doença nem a cura...

Anónimo disse...

Isso tb eu digo em relação às raparigas, as que são mais jeitosas já estão todas ocupadas. As que sobram não me parecem suficientemente interessantes.
Sempre podemos tentar desencantar uma que já tenha namorado e que seja realmente uma boa aposta
:)

JFFR disse...

Eu não sei se o estereótipo do rapaz que quer é aproveitar a vida já passou, o que eu sei é que há muitas raparigas que quando encontram o homem que consideram bom para apresentar aos outros agarram-se a eles que nem uma lapa, envolvendo-os numa teia tal que envolve famílias e hábitos de vida casada ; os rapazes, por seu turno, geralmente têm uma vontade menos férrea do que as raparigas nestes assuntos e deixam-se envolver sem dar grande pensamento ao assunto.

Anos depois, os homens fartam-se e vão à procura de aventura.

Camisa disse...

a culpa é das mulheres! Assim que apanham um homem não descansam enquanto não ele não as levar ao altar!

(eu foi logo aos 25 eheheh)

Su disse...

Joana e Ricardo:
terão uma certa razão, mas com isso não estarão a querer dizer que os homens não têm livre arbítrio, que não são capazes de dizer não?
Tauro:
eu também já pensei em investir num homem com namorada, mas o investimento é muito grande e de alto risco, pelo que eu teria que estar mesmo muito apaixonada. Ainda não aconteceu.
Mas, e o que dizer daqueles cujas namoradas estão a 2500km de distância?

JFFR disse...

Todos têm livre arbítrio. O que há é uma predisposição mais ou menos inversamente proporcional entre homens e mulheres.

As mulheres dedicam infinitamente mais energia a pensar na relação perfeita, no amor para sempre, respeitável e nos conformes. Há um sentido na mulher que aponta inconscientemente para uma relação séria, culminando preferencialmente no casamento. Há um grande investimento logo à partida.

Depois do casamento, a mulher dá como adquirido que se o homem se uniu a ela é porque a ama efectiva e incondicionalmente, pelo que ela é, por isso esse amor não esmorece nem mesmo nos períodos em que não lhe apetece ser sexualmente activa e arrojada como outrora.

Bem, isto não sou só eu que afirmo, são os estudos que indicam que algum tempo após o casamento o apetite sexual das mulheres cai a pique, ao contrário do dos homens, que se mantém relativamente regular e constante. Acredito que seja essa uma das razões por que, após o homem ter casado e constituído família, decide ir à procura de conquistas. É só ver o número de homens quarentões e cinquentões com raparigas iniciadas nos vinte, sendo que o inverso muito raramente se verifica.

Pode parecer simplista, mas é o que tenho observado.

Su disse...

Eu sei que as mulheres fazem mais filmes. Eu por mim falo. Ás vezes nem sequer estou muito interessada, mas penso "se calhar ele é o homem da minha vida, eu é que ainda não reparei nisso".
De qualquer forma, se os homens têm tanta capacidade para deixar de dar notícias quando a coisa não lhe cheira, como é que se podem levar pelas fantasias de algumas mulheres? O truque será delas?
Em relação aos casamentos, concordo que as mulheres se desleixam depois de já o terem amarrado. Mas quanto ao desejo sexual, não sei... também há estudos que dizem que os 40 anos são o auge sexual da mulher e os 20 o dos homens. Parece-me que as mulheres não andam com homens mais novos porque ainda não se conseguiram libertar de certos preconceitos.
Eu não me vou importar nada de ensinar umas coisas aos putos daqui a 20 anos. E se eles forem como são os de 20 anos agora, bem vão precisar de aprender umas coisas...

JFFR disse...

Há diferenças comportamentais entre homens e mulheres que ainda não percebi bem se pendem mais para o lado dos factores culturais/educacionais ou dos factores biológicos/genéticos.

Auge sexual das mulheres aos 35 ou 40? Sim, também tenho ouvido, mas penso que se trate mais de maturidade sexual, no sentido de que apreciam bom sexo, ou seja, o sexo em que sintam que realmente as sabem satifazer (todos sabemos como essa tarefa pode ser hercúlea...). O homem é mais facilmente satifeito, não precisa de grande sofisticação.

Por seu turno, por amor, a mulher suporta muito mais facilmente uma vida sexual pouco satisfatória do que o homem.

Su disse...

Pois eu não suporto nada bem uma vida sexual não satisfatória! Mas também já me disseram várias vezes que eu penso como um homem. Se calhar é por isso...

Anónimo disse...

Olá Susaninha
Prazer em conhecer-te.
O teu blog faz-me lembrar vagamente o de uma certa Abby Lee muito famosa aqui em Inglaterra.
Gosto.
Concordo com a Joana. As raparigas agarram-se aos rapazes.
Aconteceu o mesmo comigo!
De repente conheces uma rapariga com quem sentes um grande à vontade. Entusiasmas-te. Sais com ela. Trocam o primeiro beijo. Depois disso ela até nem te encoraja muito. És tu que tens de telefonar para voltarem a sair. Sentes que tu é que controlas a situação. O entusiasmo cresce. Pensas nela. Um dia acabas por ir parar a casa dela porque está ali à mão. Ainda não é desta que acontece nada, no entanto. Entretanto a mãe dela chega do trabalho. Pronto. Já conheceste o primeiro pai. Como és bem educado por natureza deixas boa impressão. Não pensas muito no evento. Continuas a sair com a rapariga. Andas completamente nas nuvens, e continuas a pensar que és tu que controlas a situação. De repente, já és considerado semi-oficialmente o namorado. A mãe dela que ficou com boa impressão tua diz à filha para te convidar para jantar. Dizes que não, mas vês o ar desiludido da rapariga. Aceitas. Pronto. Já tens o destino traçado. És da família. De repente para onde queres que vás, a tua namorada vai contigo. Começas a pensar duas vezes antes de dizeres o que quer que seja a outra rapariga com medo de represálias da namorada. Os anos passam. De repente descobres que já não podes pura e simplesmente ir no dia seguinte para Israel ou para o fim do mundo se te apetecer, sem dizer água vai. Em compensação tens todos os natais prendas do sogro e da sogra.
Susaninha, espero que te passe essa vontade de arranjar um namorado certo. Se bem que em última análise serás sempre tu a controlar a situação como mulher que és.

Su disse...

Caro q,
As mulheres, essas criaturas maléficas... por acaso comigo também já me aconteceu uma história semelhante à tua, mas o maquiavélico foi ele.
E afinal, conseguiste escapar ou não?
Volta sempre.

Anónimo disse...

Antes de mais, benvinda de volta a Portugal. Também regressei para férias uns dias antes.
Em relação à criatura maléfica; não, não me consegui libertar. A verdade é que ela é muito boa pessoa e simplesmente não tenho razão nenhuma para lhe dizer que não podemos continuar juntos. Ela não me bate, é querida e dedicada. Faz todos os possíveis para me deixar feliz (embora intimamente imponha muitos limites).
O problema é meu, e por isso tento recálca-lo. Não consigo dizer-lhe: "Desculpa M, és uma pessoa espectacular mas eu já não estou verdadeiramente apaixonado por ti como no início. É que afinal em vez de uma pessoa séria como tu preferia ter conhecido umas doidivanas. Assim passei os meus anos de faculdade quase casado. Porque é que não voltas daqui a quatro anos quando estivermos na casa dos trinta?"
Enfim, continua ao largo Drª Susaninha. Só faz de ti uma pessoa refrescante! Beijinhos de boas festas

Su disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Su disse...

Caro q:
Do alto da minha vasta experiência e superioridade moral, vou falar daquilo que não sei nem é da minha conta.
Eu sei que não é fácil acabar com alguém, em especial quando o outro é "boa pessoa", mas ninguém disse que a vida é fácil.
Não estarás a estragar a tua felicidade e a dela também? Ela poderia estar com uma pessoa que realmente a amasse e tu poderias andar por aí a divertir-te à grande.
Já "desperdiçaste" os teus anos de faculdade. Vais desperdiçar o resto da vida? Até quando? Até ao altar? Até te dar a crise de meia idade? Até os filhos estarem crescidos? Até que a morte vos separe?
Pode ser até que se encontrem aos trinta.
Mas claro, isto sou só eu a meter-me onde não sou chamada.
;-)

Anónimo disse...

Obrigado susaninha pela tua disponibilidade e honestidade.
Não te vou prender mais com a responsabilidade de me orientares a vida sentimental.
Não sei se vou seguir o teu conselho. Talvez seja muito cobarde, mas acho que acima de tudo fui demasiado pessimista no modo como exprimi a minha situação. Na verdade eu não saberia o que fazer se me deparasse à minha frente outra mulher para além da minha namorada. Não estou treinado para isso.
E se por um lado e em alguns dias me sinto pessimista, por outro lado também me sinto uma pessoa feliz. Se por acaso me sentisse livre talvez pudesse ir para Israel se me desse na veneta por exemplo, mas se calhar por outro lado ir-me-ia sentir sozinho. Não tenho a certeza, como já passaram tantos anos...
Como não sei o que fazer ou o que será melhor, não vou fazer nada. Eu sou o protótipo do não-herói, e até uma força externa abanar o meu mundo (para a qual acredito estar preparado, mas não ansioso), eu não vou fazer nada para o alterar (pelo menos é o que eu acho agora).
Farei as minhas contas quando estiver velhinho e prestes a morrer.
Beijinhos

Anónimo disse...

Bolas,
acabei de comprovar o síndrome do compromisso.
(embora como não-herói que sou, negue algum tipo de iniciativa da minha parte!)

Su disse...

LOL
Só me resta desejar-te boa sorte e que tudo corra bem com as tuas opções (ou não-opções, sei lá).
Beijinhos

Anónimo disse...

olha Susaninha, eu acho-te o maximo, mesmo quando so falas de ti. acho-te piada.e pena estar a passar por uma fase ma, e outras coisas,senao atirava-me a ti como gato a bofe. Ainda assim vou continuar a ler-te e talvez te escreva um mail, um dia destes a convidar-te oara vires tomar um cafe turco, claro.