O ponto alto foi, sem dúvida, ter ido viver para Israel. À habitual adaptação a um país estrangeiro, junto-se o "choque" de ir para um país com tantas peculiaridades.
Tive o meu primeiro emprego.
Vivi em clima de guerra. Estive horas agarrada à internet para saber onde tinha caído o último katyusha. Tive que saber onde era o abrigo mais próximo da minha casa e o que fazer caso não tivesse tempo de lá chegar. Vi helicópteros no meu bairro à procura de uma bombista-suicida. Em pleno piquenique na praia, recebi um telefonema a avisar que Tel Aviv estava em alerta e que devíamos procurar o abrigo mais próximo. Foi falso alarme e, de qualquer forma, ficou toda a gente mais excitada com a ideia do que assustada.
Fui a Hebron, cuja cidade velha parece um verdadeiro cenário de guerra e onde me avisaram que não devia reagir se os colonos me atirassem com ovos ou pedras (sim, pedras!!!).
Andei num carro da ONU e não me calei com isso durante três dias.
Viajei por Israel quase todo. Fui à Jordânia e ao Egipto.
Conheci pessoas fantásticas e fiz amigos novos, sem nunca esquecer os antigos.
Diverti-me à grande.
Tive a minha primeira casa. Só para mim. Decorada por mim. E é tão linda.
Mas nem tudo foi bom.
Vi de perto as consequências da ocupação, tanto para Israelitas como para Palestinianos.
A minha vida sentimental foi uma tragi-comédia ao estilo das piores novelas venezuelanas.
Os meus amigos do primeiro semestre foram todos embora, sem que eu tivesse conseguido encontrar substitutos à altura.
Fui rejeitada no King's College. É verdade que já não quero fazer aquele mestrado e que há males que vêm por bem, mas sinto-me rejeitada e isso custa.
Fui rejeitada no King's College. É verdade que já não quero fazer aquele mestrado e que há males que vêm por bem, mas sinto-me rejeitada e isso custa.
Bem, o balanço foi muito positivo. Aprendi muito. Confirmei umas coisas, mudei de opinião sobre outras. Cresci muito. Tive a certeza de que as minhas opções têm sido as correctas. Começei a delinear de outra forma o meu futuro. Gostei de 2006. Venha outro!
3 comentários:
que o próximo seja melhor em tudo! até naquilo que parece quase impossível!
:) Desejo que seja para ti um ano em grande e que continue a dar balanços tao positivos como este deu.. Um 2007 a tua medida! *
Mas segundo dizem 2007 é que será o ano!Afinal de contas...é ano ímpar! eheh
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