A Scotland Yard está a investigar a morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko. As suspeitas (e acusações) apontam para o governo russo e, em especial, para o Presidente.
Aparentemente ainda ninguém avisou o Sr Putin, ele próprio antigo espião do KGB, que a Guerra Fria já acabou. Se calhar os colaboradores dele criaram um mundo imaginário, inspirado no GoodBye Lenin, para o senhor não sofrer um choque com a notícia. Ou então somos nós que pensamos que lá por o muro de berlim ter caído a Guerra Fria acabou e andamos enganados.
A verdade é que, na morte de Litvinenko, a responsabilidade de Putin parece demasiado óbvia. Quais seriam os motivos? Porque não matá-lo de uma só vez, em lugar de lhe provocar uma morte lenta que lhe permitiu fazer as acusações que quis e, talvez, revelar segredos de Estado? Não será demasiada coincidência esta morte ter ocorrido nas vésperas de um encontro de Putin com Chefes de Estado europeus? Parece-me que será subestimar a inteligência de Putin.
Apesar disso, importa não esquecer duas coisas fundamentais:
A primeira é o comportamento da Rússia e as suas implicações para a segurança internacional. A democracia russa deixa muito a desejar e os sinais não são de melhora, pelo contrário: Putin governa com mão de ferro, pronta a esmagar quem se opõe a ele. Continuam a ter lugar assassínios misteriosos (como o da jornalista Anna Politkovskaya). A Rússia continua a controlar muitas das antigas repúblicas soviéticas (veja-se o caso da Bielorússia) e a ameaçar as que lhe fogem ao controlo (Ucrânia e Geórgia, por exemplo). E, mais uma vez à semelhança do que se passava durante a Guerra Fria, a Rússia ter contribuído para a inoperância do Conselho de Segurança, como tem sido no caso do Irão. O eixo atlântico e, especialmente a Europa, têm fechado os olhos a estes sinais evidentes, por causa da grave dependência energética.
A segunda é que, se se confirmar que o governo russo não tem nada a ver com esta morte, não é bom sinal na mesma, porque demonstra que produtos radioactivos estão a fugir (ou já fugiram há muito tempo) do controlo das autoridades estatais.
Aparentemente ainda ninguém avisou o Sr Putin, ele próprio antigo espião do KGB, que a Guerra Fria já acabou. Se calhar os colaboradores dele criaram um mundo imaginário, inspirado no GoodBye Lenin, para o senhor não sofrer um choque com a notícia. Ou então somos nós que pensamos que lá por o muro de berlim ter caído a Guerra Fria acabou e andamos enganados.
A verdade é que, na morte de Litvinenko, a responsabilidade de Putin parece demasiado óbvia. Quais seriam os motivos? Porque não matá-lo de uma só vez, em lugar de lhe provocar uma morte lenta que lhe permitiu fazer as acusações que quis e, talvez, revelar segredos de Estado? Não será demasiada coincidência esta morte ter ocorrido nas vésperas de um encontro de Putin com Chefes de Estado europeus? Parece-me que será subestimar a inteligência de Putin.
Apesar disso, importa não esquecer duas coisas fundamentais:
A primeira é o comportamento da Rússia e as suas implicações para a segurança internacional. A democracia russa deixa muito a desejar e os sinais não são de melhora, pelo contrário: Putin governa com mão de ferro, pronta a esmagar quem se opõe a ele. Continuam a ter lugar assassínios misteriosos (como o da jornalista Anna Politkovskaya). A Rússia continua a controlar muitas das antigas repúblicas soviéticas (veja-se o caso da Bielorússia) e a ameaçar as que lhe fogem ao controlo (Ucrânia e Geórgia, por exemplo). E, mais uma vez à semelhança do que se passava durante a Guerra Fria, a Rússia ter contribuído para a inoperância do Conselho de Segurança, como tem sido no caso do Irão. O eixo atlântico e, especialmente a Europa, têm fechado os olhos a estes sinais evidentes, por causa da grave dependência energética.
A segunda é que, se se confirmar que o governo russo não tem nada a ver com esta morte, não é bom sinal na mesma, porque demonstra que produtos radioactivos estão a fugir (ou já fugiram há muito tempo) do controlo das autoridades estatais.
Em todo caso, não podemos esquecer que o novo filme do Bond, James Bond, acabou de estrear. Isto afinal pode ser tudo um belo golpe de marketing para estimular o interesse do público pela espionagem internacional. Raios partam o capitalismo!
2 comentários:
Cara Susaninha,
não era minha intenção colar a sua actividade blogueira à sua actividade profissional!Compreendo que pretenda guardar a sua indvidualidade...mas a sua actividade blogueira é definitivamente marcada pela sua actividade diplomática!certo?
Foi apenas uma contextualização!
Apesar de tudo...penso que é uma excelente actividade...a blogueira!
Aguardo mais visitas suas ao meu blog!
j.
:)
Finalmente alguém que escreva sobre o ditador "democrático" das estepes. O facto de ser uma mulher só me leva a pensar que tem de ser as mulhers a tomar conta disto.
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