Yitzhak Rabin foi assassinado há onze anos. Nas cerimónias de recordação, David Grossman, um conhecido pacifista israelita que perdeu o filho durante a crise do Líbano no Verão, fez este magnífico discurso. Ele descreveu na perfeição o estado de alma da maioria dos israelitas neste momento, depois de anos de conflito com os palestinianos, dos falhanços no Líbano e em Gaza, da entrada de Lieberman na coligação governamental.
O discurso devia ser lido por muitos judeus na diáspora, mais papistas que o Papa, que pensam como o Daniel Pipes e que acham que podem dar lições de moral e condenar os israelitas, cada vez que eles pensam em ceder um bocadinho em direcção à paz. Quando se mora do outro lado do mundo, quando não se tem que cumprir o serviço militar e dar o corpo ao manifesto na guerra, quando não se tem filhos a morrer em combate e se tem um passaporte estrangeiro que permite fugir do país à queda do primeiro rocket, é muito fácil dizer que Israel tem que continuar a lutar.
E, já agora, também por todos aqueles que julgam os israelitas pelos seus políticos e pensam que são todos uns monstros frios e calculistas.
Difícil é viver aqui.
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