Aqui está uma possível explicação para a minha necessidade cons- tante de sair do país, para o facto de não conseguir sequer perspectivar um futuro em Portugal. Não será com certeza por razões económicas (esta é, aliás, a primeira vez que sair do país me faz ganhar dinheiro em vez de o gastar), nem políticas (apesar de eu ter ponderado pedir asilo político a França quando o Santana Lopes se tornou PM). Será por motivos culturais, pela necessidade de ver mais, de ver diferente, de crescer, pessoal e intelectualmente.
Portugal é demasiado pequeno, demasiado homogéneo, demasiado conservador, no pior sentido. E basta olhar para Espanha e para a quantidade de portugueses que para lá se estão a mudar, para perceber que os Pirinéus já não servem de desculpa para o atraso cultural do país.
Ir a Portugal, ou melhor Coimbra, será sempre ir a casa, mas não acredito que mais alguma vez seja para voltar para casa.
Se, depois de tantas Revoluções, Portugal continua sem se abrir ao mundo e ao novo, será que resta esperança?
3 comentários:
Uauu!Que bom ver-te por bandas tão distantes, Susana.
Desejo-te as maiores felicidades!:)
Abraços
Obrigada!
Para ti também!
Acho que também sofro disso. Por agora vou ficando (enquanto me pagarem:), amanhã espero que não.
As casas constroem-se, com mais segurança ainda se tivermos uma onde ir de vez em quando.
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