quinta-feira, janeiro 04, 2007

Santa vidinha

Eu nunca percebi muito bem as pessoas que, tendo possibilidades económicas, se deixam ficar eternamente em casa dos pais e daí saem apenas para casar. Mas, nestas férias, percebi tudo.
Eu vivo fora de casa há mais de cinco anos, mas nunca me soube tão bem estar em casa como nestas duas semanas. É o não ter que me preocupar com o que quero jantar nem ter que ir ao supermercado e mesmo assim chegar a casa e ver que não comprei tudo o que precisava. Não ter que cozinhar ou acabar a jantar pão e iogurtes. Não ter que esperar semanas para ir à lavandaria e ter que lá ficar uma hora e tal à espera que a máquina acabe. Não ter que limpar a casa nem lavar a louça. Passar da cama para o sofá e ter a mãezinha a levar-me o pequeno-almoço. Não ter que arrumar o quarto e nem passar constantemente a roupa, que se vai acumulando, da cama para a cadeira e da cadeira para a cama, durante uma semana.
Tive as verdadeiras férias do descanso: dormi, comi (e engordei!) e preguicei... mais nada!
Ai, esta mania de independência e estrangeiro é muito cansativa...

1 comentário:

Filipa disse...

fomos enganadas redondamente pela promessa de independência! não há nada que pague uma mãe que nos trate da roupa... só ando nisto há pouco tempo e já cheguei a essa conclusão!
jovens de todo o mundo! ficai em casa!