É corrente a ideia de que, quando sofrem um desgosto amoroso, as mulheres se afogam em lágrimas, filmes romântico-depressivos, chocolates, gelados e afins, enquanto repetem centenas de vezes cada detalhe das conversas com o ex às pacientes amigas (que entretanto já desligaram e pensam na vidinha delas, sem contudo deixarem de ter o ar de quem as está a ouvir e a dar razão) e olham milhares de vezes para o telemóvel, a pensar ora "porque é que ele não me ligou ainda?" ora "e se eu lhe ligasse? nem que fosse só para ouvir a voz dele..."
Já os homens - supostamente - têm reacções mais saudáveis: saem com os amigos, ficam com os copos e apreciam as gajas boas que passam. Pois, alguém se esqueceu foi de contar o resto da história. Isto tudo é bem verdade, mas basta o álcool chegar-lhes ao cérebro (ou ao coração) e pobre de quem esteja mais próximo (que pode ser o barman, o tipo do urinol ao lado, etc)... aquilo é um chorilho de lamentações e acusações (à ex, ao tipo por quem ela o trocou, às mulheres em geral, porque ele é um coitadinho...). Sim, as mulheres fazem o mesmo, mas pelo menos é com as amigas e isto já está previsto no contrato de amizade.
O passo seguinte então é melhor ainda: se "o pobre mais próximo" fôr uma miúda... desgraçada. Depois de tudo aquilo, provavelmente ainda tem que levar com ele a atirar-se a ela, com um discurso que é um misto de "então e se nós?" e de "porque eu sou tão infeliz e preciso tanto de carinho e atenção". Mas será que um homem acha que uma mulher no seu juízo perfeito, isto é, que não esteja cegamente apaixonada (e mesmo assim...), vai ter alguma coisa com ele, depois de ter passado uma noite inteira a ouvi-lo falar da outra? Alguém está disposta a ser conscientemente a rebound girl? Nem que ele fosse o Ljungberg! Tenham juízo!
2 comentários:
Hmmm, começo a suspeitar que sou uma mulher (lésbica, enfim...) presa no corpo peludo de um gajo! :D
Hahahah, perfeitamente genial! Vou colocar um link lá no meu blog, isso é de utilidade pública :)
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