sexta-feira, novembro 30, 2007

quarta-feira, novembro 28, 2007

Amigos, Amigos, Negócios à parte

A próxima vez que forem a um país árabe e alguém vos oferecer vinte camelos pela namorada, amiga, mãe ou irmã aceitem que é bom negócio.
Fiquei a saber neste meu fim-de-semana em Wadi Rum que um camelo bebé pode custar aos 1 000 euros, um adulto 2500 e um camelo de corrida chega a custar 10 000 euros.
É negócio!

terça-feira, novembro 27, 2007

A raíz de todos os males



Alguém devia considerar seriamente a hipótese de responsabilizar o tabaco pelo conflito do Médio Oriente.

Só um desabafo

Acho imoral que uma instituição (com a excepção talvez da UN e mesmo assim) exija experiência profissional na área ao candidato a um estágio não remunerado.
Pensam o quê? Que alguém vai conseguir encontrar emprego na área em questão, trabalhar, provavelmente ser mal pago por estar em início de carreira e poupar dinheiro para depois poder pagar o seu próprio estágio?
Está tudo louco!
Pronto, já desabafei. Agora posso voltar ao meu estado zen e continuar a sonhar com o meu beduíno. Para que preciso eu de um estágio não remunerado no meio do deserto?

segunda-feira, novembro 26, 2007

Estive perto, muito perto

De largar tudo e ficar com este homem em Wadi Rum. Deixar horários, poluição, barulho, consumismo e viver como uma beduína no deserto jordano, ao lado daqueles olhos e daquele sorriso.
Nas negociações para o casamento, encalhámos no número de filhos. Ele queria seis, eu não queria um único. "O deserto e os filhos... é tudo o que temos", disse ele. "Meu rico corpinho", pensei eu.
As questões higiénicas também levantariam alguns problemas. Eu lavo os dentes três vezes por dia. Ele lava de três em três dias.
Acho que mais três ou quatro dias e o choque de civilizações era ultrapassado.
Tenho que repensar a minha vidinha, tenho...
"Para que queres um mestrado no deserto?", disse ele...

Depois de um fim-de-semana no deserto

Sinto-me assim. Zen.

quinta-feira, novembro 22, 2007

O que custa ser mulher... ou transgender... ou drag queen...

Chegado o inverno (sim, porque até a Tel Aviv já chegou o inverno), todo o povo dado à feminilidade se depara com um sério desafio: comprar collants. É preciso ser profissional na actividade. Eu, amadora, tentei a minha sorte por estes dias.
Meias-calças ou ligas? De lã ou de lycra? Opacas ou transparentes? Se transparentes, que densidade? Pretas ou cor de pele? Que marca? Como se não bastassem já estas questões primordiais para complicar a escolha, este ano as tendências da moda dificultam ainda mais a decisão. Azuis, cinzentas, roxas? Simples, rendadas, com desenhos? Leggings? Com pé ou sem pé? É um sem fim de dúvidas existenciais...
Opto finalmente por meias de ligas daquelas com adesivo anti-derrapante, que as outras são muitos desconfortáveis e ficam sempre a ver-se na cintura. Opacas. Azuis para combinarem com os meus sapatos novos.
Resultado final:
De manhã, reparo que as meias não são tão opacas quanto as que aparecem na Bíblia (leia-se Elle). Raios partam as densidades, que eu não percebo nada daquilo.
No fim do dia, já de regresso a casa, cheia de pressa que estava a começar a chover, começo a sentir as meias as escorregar. Não querendo fazer uma cena pseudo-erótica no meio da rua ao subir o vestido para puxar as meias até ao meio das coxas, começo a andar mais devagar. No momento em que as meias me chegam aos joelhos e na impossibilidade de tomar uma atitude radical, género tirar as meias de uma vez, porque não tenho a depilação em dia (e isto acontece sempre nestes momentos inoportunos), limito-me a rezar. Rezo para que as meias não desçam para além da linha da gabardina. Resultou, ou não estive eu na Terra Santa!
Conclusões a tirar:
Abençoadas feministas que introduziram as calças como peça de vestuário feminino.
As meias de ligas ainda serão as responsáveis por eu me tornar uma mulher de fé.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Coisas que me fazem feliz

Eu não disse nada quando encontrei ou conheci gente importante, tipo MNEs, PMs, Prémios Nobel, mas desta vez não me aguento.
Eu vi o Tony Blair e ele disse-me olá!!!!!!!!!! Lalalalalalala tralalalala!!!!!!!
Dispensam-se comentários do género "O Tony Blair? O da guerra do Iraque? Bahhh..." ou "O Tony Blair? Mas ele disse-te olá como? Conheceste-o? Falaste com ele? Apertaste-lhe a mão? Tiveram uma reunião?". Os pormenores não são importantes.
O que interessa mesmo é que eu estava sentada por acaso (e por por acaso entenda-se estratégicamente sentada no lobby do hotel virada para a porta depois de ter sido avisada pelos meus informantes que ele chegaria a qualquer momento) no lobby do American Colony Hotel, quando Mr. Tony Blair entra, olha para nós, sorri e diz Hi. E o Hi foi mesmo só para nós (eu e mais dois amigos) porque não estava lá mais ninguém.
"I saw Tony Blair and he said Hi"

sexta-feira, novembro 16, 2007

Diário de uma dieta II

Segundo dia: almoço de trabalho. Importante. Hotel de várias estrelas. Resisto ao pão demolhado em azeite, ao vinho, aos figos da entrada (não podia comer fruta), à batata assada (não podia comer hidratos de carbono). Chega a sobremesa. M****!!! Não é todos os dias que nos aparece uma coisa com aquele aspecto. Escorreguei. "Mas é só desta vez..."
Fim-de-semana. Vida social não se compadece com dietas. Resisto. "Não chora, aguenta". Entulho-me em pepino com labaneh, fatias de queijo magro e fiambre (abençoados supermercados russos que se recusam a ser kosher), tomate-cereja. Queixo-me às amigas da falta de receitas sem hidratos de carbono. Caridosa, mas inutilmente enviam-me receitas de saladas de frango. Com cenoura, milho e maçã, alimentos absolutamente proibidos. Resisto ir ao cinema sem comer um chocolate. Mas até o cheiro das pipocas, coisa que eu acho que devia ser terminantemente proibida no cinema, me deixa com água na boca.
Chego heroicamente ao fim da primeira semana. Caio de cama com uma gripe que não se pode. Sinto-me a mais infeliz das criaturas. Ataco a Nutella. Como cereais de manhã. Deixo-me vencer pelas bolachas e folhados com que a entidade patronal povoa o meu local de trabalho.
Resistência ou Obesidade?
Morbidez absoluta.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Diário de uma dieta

O início já não augurava um bom resultado: começar uma dieta que promete a perda de 3 a 5 kg nos primeiros 14 dias sem sequer me pesar só demonstra que a coisa não será levada a sério.
A balança foi um objecto apagado do meu imaginário quando, há talvez 15 anos, a que havia lá em casa se avariou e nunca foi substituída. Possivelmente isto que já revela que tanto eu como o resto da minha família prefere viver em estado de negação ou pelo menos de ignorância. O meu desprezo pela dita é tal que, mesmo agora tendo uma balança em casa deixada pelo anterior inquilino, raramente me lembro de me pôr lá em cima. Quando o faço, penso logo "Humm, cheira-me que isto deve estar desregulado", que foi a primeira fase de negação que se viveu lá em casa antes da dita balança avariar de vez.
Primeiro dia:
O meu local de trabalho, como de costume, está cheio de bolachas, brownies, folhados e outros que tais. A seguir, alguém me diz que há sufganyot na cozinha. "Já não está fácil e eu ainda estou só a começar". A entidade patronal não está a ajudar. Deveria eu processá-la por contribuir, quiçá ser a responsável máxima pela minha obesidade a roçar a morbidez? Se estivesse nos EUA era possível... Humm, se bem que há quem diga que Israel é o 51º Estado norte-americano. 52º, se contarmos com o Reino Unido. Não, 51º, que o Brown não vai na gracinha. Bem, de qualquer forma não sei se a lei israelita (ou norte-americana, for that matter) se aplica. Desisto da ideia e resigno à minha sina.
Resistência ou Obesidade!!!!
(Continua amanha para o post não ficar muito grande. Afinal isto é suposto ser um diário)

sábado, novembro 10, 2007

Eu sinto que isto já não dá para muito mais

Quando, num sábado à noite com dois bons convites para sair, opto por ficar em casa a ouvir Moby e a ler um livro em inglês de 700 páginas e letras miudinha sobre o Líbano.
Ao menos, consola-me constatar que "aquele que podia tão bem ser o homem da minha vida não estivesse ele a mais de 3 000 kms de distância" também está na net a um sábado à noite, em vez de estar num bar a beber umas cervejas. Haverá futebol?

quarta-feira, novembro 07, 2007

'Men who are too good looking are never good in bed because they never had to be.'
Carrie Bradshaw, Sex and the City
A minha reduzida experiência em matéria sexual não me permite confirmar tal afirmação (às vezes convém dar uma de santa).
Contudo, tenho que reconhecer que os homens menos atraentes sabem ser muito mais sedutores e conquistar melhor uma mulher que os homens bonitos. E porquê? Porque os homens bonitos não precisam de se esforçar, basta-lhes existirem, estarem lá, dizerem Olá. É um facto. Não vale a pena negá-lo.
Os outros têm que desenvolver outras técnicas, saber conversar, ser diferentes, deixar-nos sem palavras.
Todos têm o seu tempo e lugar.

terça-feira, novembro 06, 2007

Frase do dia

"Não estou para ser o Guronsan da ressaca amorosa de ninguém".
É a melhor frase desde o "Senão coiso, não coiso".